Sob a luz da lógica, não há discussão ou debate que seja feito no Brasil nas últimas décadas, onde a questão da educação não seja reiteradamente apontada como uma das (senão a maior) causas do baixo padrão de desenvolvimento do país.
Sobretudo, creio que a política educacional brasileira deveria adotar a meritocracia como principal instrumento de avanço, aos moldes da política que vem sendo praticada com êxito no Estado de São Paulo. Deveria, por exemplo, ser implementado um sistema de avaliação de professores e escolas do ensino básico e não somente de alunos como é feito atualmente. Principalmente, é de salutar importância que tal avaliação seja utilizada como fator condicionante ao repasse de recursos a professores e escolas públicas, dentro do espírito da responsabilização (accountability), conceito central dentro das políticas de incentivos educacionais baseadas na meritocracia. No tocante ao professor, pode ser instituída uma remuneração salarial condicionada a sua performance, que pode ser medida em diversas dimensões, como por exemplo, número de horas lecionadas, desempenho em sala de aula, pontualidade e rendimento escolar dos alunos. Já no que concerne ao diretor de escola, pode-se criar um sistema de premiação das escolas que apresentarem melhores resultados, com mais progressos na qualidade, direcionando as mesmas, mais recursos públicos capazes e produzirem ainda mais avanços, enfim, melhoria contínua. Difícil vai ser convencer os sindicatos de professores, tipo o CPERS aqui no Estado do Rio Grande do Sul, a quem podemos chamar de corporações do atraso, do subdesenvolvimento. Diria até mesmo, que entidades como o CPERS são um freio ao desenvolvimento. Infelizmente. Alguém pode citar uma ação feita pelo CPERS em prol da qualidade da educação no estado do Rio Grande do Sul?
Numa das primeiras ações governamentais adotadas pelo atual presidente norte-americano, Barack Obama, destaca-se o estímulo às chamadas “chart schools”, escolas públicas autônomas, dirigidas por professores, pais e líderes comunitários, as quais introduzem competição entre escolas por recursos públicos, que são distribuídos em função do número de alunos. Os resultados demonstram que as escolas públicas sujeitas à competição com charter schools obtiverem um aumento expressivo de produtividade, medido pela razão entre as notas dos alunos e o gasto por aluno.
Comprovadamente através de dados estatísticos, a educação anda lado a lado com a mobilidade sócio-econômica dos indivíduos, promovendo a prosperidade econômica e o desenvolvimento nas diversas dimensões do universo humano. Mormente, não há país no mundo que passou a integrar o rol dos desenvolvidos, que o fez com carga tributária tão elevada e educação de tão baixa qualidade quanto àquelas exibidas pelo Brasil.
Meu comentário não passou, as always…
A reclamação passou…