Em mais uma edição do Millenium Explica, desta vez em formato de podcast, o Mestre em Economia Roberto Dumas comenta quais foram as mudanças no cenário econômico internacional com a chegada do Coronavírus. Nesta primeira parte da entrevista, o especialista contextualiza a situação do Brasil antes da pandemia e analisa as relações comerciais entre os países. Ouça!
Segundo Dumas, o Brasil encontrava-se em um governo de transição nos anos 2017/2018, ainda sofrendo consequências das políticas erráticas de 2015 e 2016 e com os agentes econômicos postergando investimentos enquanto não havia um novo presidente. Com as novas eleições e a aprovação da reforma da Previdência, o país cresceu 1%. “Quando pensamos que iríamos decolar ao menos 2,5%, que o governo poderia fazer a reforma fiscal e os investidores começariam a investir, fomos atacados pela pandemia”, relembra.
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O surto da doença também trouxe consigo mudanças entre as relações econômicas dos países com o Brasil, principalmente, comerciais. Para o especialista, a China, por exemplo, mostrou-se ser nosso maior parceiro, dado que a União Europeia, Estados Unidos e Argentina entraram em recessão. E estes são os segundo, terceiro e quarto maiores compradores de exportação, respectivamente.
Por outro lado, temos toda a economia global em recessão, ou seja, com o PIB em território negativo durante dois meses.Segundo o Banco Mundial, o mundo poderia cair 5%; já a CDS afirmou que seria 6%, ou 7,6%, caso houvesse uma segunda onda da doença. Dumas explica que isso significaria voltar cinco ou seis anos, provavelmente, na economia. “O que prejudica o bem estar do trabalhador, pois se o PIB não cresce, a renda do país também não cresce, deixando aquela população mais pobre e fazendo o consumo cair”.