O novo Ministério do Emprego e Previdência terá pelo menos 202 vagas com poder de decisão, que devem ser usadas para indicações políticas. A nova pasta, que atualmente é uma secretaria especial da Economia, deverá ser controlada por Onyx Lorezoni. As informações são do jornal O Globo.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou que promoverá uma reforma ministerial e, entre as mudanças, está o desmembramento do Ministério da Economia.
Segundo o jornal, a equipe técnica responsável pelas áreas trabalhista e previdenciária deve ser mantida. São cerca de 60 vagas. Os 6 cargos da Dataprev (estatal de processamento de dados do governo) também devem permanecer com as mesmas pessoas. No entanto, não há garantia de que os nomes atuais fiquem em seus postos.
A expectativa é que as outras vagas do novo ministério acomodem aliados de Bolsonaro, em especial indicados do Centrão. A pasta terá uma estrutura básica, com gabinete, assessoria parlamentar, ouvidoria, consultoria jurídica e assessoria de comunicação.
A recriação do Ministério do Emprego e da Previdência Social pode tirar 85% do orçamento da Economia.
Há ainda 27 superintendências regionais do trabalho, 5 superintendências e 104 gerências-executivas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) em todo o Brasil. Os postos são cobiçados por políticos, já que estão diretamente ligados ao atendimento ao cidadão.
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A publicação ressalta que as vagas devem estar à disposição do futuro ministro da Casa Civil, senador Ciro Nogueira (PP-PI), um dos líderes do Centrão.
Nogueira é visto como um dos senadores mais fiéis ao Palácio do Planalto. Sua principal função na Casa Civil será dar uma feição de mais articulação com o Congresso do que propriamente comandar os ministérios.
Fonte: “Poder 360”, 27/07/2021
Foto: Sérgio Lima