A Justiça Eleitoral de São Carlos (SP) está de olho nos funcionários públicos que lançam candidatura para vereador só para tirar licença do trabalho. Nas eleições de 2012, teve candidato que não votou nem nele mesmo.
Por lei, os funcionários públicos podem concorrer e tirar até 3 meses de licença remunerada para disputar a eleição. O problema é que alguns não estão nem aí para os resultados das urnas.
Muitos se candidatam somente para tirar uma folga do serviço ou ainda pra trabalhar na campanha de outro candidato. O Ministério Público (MP), entretanto, está de olho em fraudes.
Sem votos
Em São Carlos, sete pessoas não receberam nenhum voto nas eleições, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Em Rio Claro, foram quatro candidatos, enquanto em Araraquara um homem não ganhou nem o voto dele mesmo. Vale lembrar que os candidatos que não tiveram nenhum voto poderiam estar com a candidatura indeferida e por isso não houve registro.
O promotor eleitoral Marcelo Mizuno disse que vai investigar abusos e acompanhar a campanha de 38 funcionários públicos de São Carlos, candidatos a vereador neste ano.
“Nós vamos verificar o gasto de campanha desse candidato e a votação que ele vai obter no dia 2 de outubro. Verificados os indícios de fraude, nós vamos encaminhar todo o expediente para o promotor do patrimônio público para verificar a possibilidade de caracterização de ato de improbidade administrativa. Uma das penalidades é a perda do cargo”, afirmou Mizuno.
Para o advogado Marcelo Módulo, a fraude deve ser punida. “Eu acho um absurdo isso, a nossa situação política está tão degradada que nós não podemos aturar mais nada. Tem que ser apurado, tomar medidas. O funcionário tem que responder por isso”, disse.
Fonte: “G1”.
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