Os motoristas de todo o Brasil já podem começar a se preparar para uma novidade que vem por aí no próximo ano: a Petrobras está produzindo uma nova gasolina. A mudança consiste na octanagem mínima de 92 pela metodologia RON (Research Octane Number), que já é praticada na Europa. A mudança promete ser positiva para o consumidor. Em vídeo gravado para o Instituto Millenium, o presidente do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, fez uma primeira análise da notícia, que começou a circular na imprensa nesta semana. Confira o vídeo!
De acordo com o economista e especialista em energia, para o consumidor, a principal vantagem será a eficiência, com menor consumo de combustível aliado a um melhor desempenho. “A mudança na gasolina mostra que o Brasil está conectado aos novos tempos e ao novo mundo que vamos viver após o período de pandemia. Com um litro da nova gasolina, será possível rodar mais quilômetros, além de ser menos poluente e melhorar a qualidade do meio ambiente, uma demanda que será ainda maior após essa situação que estamos vivendo”, disse.
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Adriano Pires ressaltou que, com relação aos preços, é difícil afirmar se haverá acréscimo no valor, uma vez que a política adotada pela Petrobras é de liberdade às distribuidoras e revendedoras. “Em princípio, uma gasolina de melhor qualidade poderia resultar em um preço um pouco maior, mas é difícil de afirmar”, disse. Especialistas alertam, no entanto, que um eventual aumento no preço pode ser compensado pelo desempenho maior – ou seja, o consumidor pode até pagar um pouco mais, mas o combustível também vai durar mais no veículo.
O economista destacou que a política de preços adotada hoje em dia segue o mercado internacional, que tem sofrido grande volatilidade. O barril de petróleo estava a US$ 20 há alguns meses, e agora está a US$ 40. Não dá pra dizer o efeito disso no posto, para o contribuinte, ainda. Mas, de qualquer forma, a notícia é muito boa”, garantiu.
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A mudança no produto vale tanto para a gasolina comum quanto a premium. Por ser mais eficiente, a gasolina reduzirá as emissões de poluentes. Uma massa específica mínima de 715 kg/m³ será exigida. A medida tem por objetivo garantir densidade, o que reduz o consumo. A padronização também interfere na fiscalização, que é facilitada.