A participação das mulheres no universo corporativo tem crescido nos últimos anos. Segundo dados divulgados pela Pesquisa Cenários 2020 realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em São Paulo, a atuação das mulheres na categoria empregadores (empreendedores com empregados) será de 42% em 2020, contra 24% em 2000. As mulheres representam uma fatia considerável da movimentação econômica no Brasil. De acordo com o instituto Data Popular, as representantes do sexo feminino são responsáveis pela circulação de R$ 741 bilhões.
Com a intensificação da presença feminina no mundo dos negócios surgiu a demanda por espaços específicos para o debate sobre o empreendedorismo feminino. Nessa matéria, o Instituto Millenium apresenta o trabalho de importantes associações da área como a Rede Mulher Empreendedora (RME), coordenada por Ana Lúcia Fontes, e o Conselho da Mulher Empresária (CME), dirigido por Fádua Sleiman.
Formada em marketing e Relações Internacionais (RI) pela Universidade de São Paulo (USP), Ana explica que o trabalho desenvolvido pela RME, fundada em 2010, é fundamental para a difusão de conhecimento e informação para as mulheres conseguirem desenvolver melhor seus negócios. Já a empresária e palestrante internacional, Fádua Sleiman, afirma que o propósito do CME é trabalhar para o fortalecimento da mulher no mercado de trabalho e principalmente no comércio.
A coordenadora do RME, Ana Fontes, explica que todas as colaboradoras do grupo tem uma formação diferenciada em comunicação. As integrantes do RME trocam informações de forma constante por meio de um grupo fechado do Facebook. Fádua Sleiman diz que do CME atende tanto pessoas que não tiveram oportunidades de capacitação sobre o mundo corporativo quanto aquelas que já atuam no mercado e que tem seu próprio negócio. Slemein afima ainda que a sua meta pessoal é capacitar 1000 novas empreendedoras nos próximos cinco anos.
Apesar de ressaltar os desafios como a falta de políticas públicas de incentivo ao setor, as dificuldades de acesso ao crédito e aos programas de ponta como o “10 mil mulheres” oferecido pela Fudanção Getulio Vargas (FGV ), Ana acredita que o cenário vem mudando nos últimos anos.
Fádua critica a falta de políticas governamentais que estimulem a permanência das mulheres no mercado, mas também chama atenção para a importância do papel dos empresários na valorização do trabalho feminino. Na opinião de Fádua, ainda precisamos superar velhos problemas como a discriminação no mercado de trabalho e a falta de oportunidades de negócios de tecnologia avançada.
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