As altas taxas de desemprego continuam a fomentar a abertura de empresas no Brasil. Tanto que o número de registros de pessoas jurídicas no primeiro mês deste ano chegou a 194.199, de acordo com levantamento da Serasa Experian divulgado nesta quarta-feira, 17. O crescimento foi o maior registrado para o período desde 2010, e representa uma alta de 16,6% em relação à janeiro de 2016. Na comparação com dezembro, o número é ainda maior: 61%.
Conforme apontam economistas responsáveis pelo Indicador de Nascimento de Empresas, o empreendedorismo por necessidade continua sendo o maior motivo para a criação de novos negócios.
A formalização dos negócios no Brasil, por sua vez, é o responsável pelo aumento dos Microempreendedores Individuais (MEIs), que teve 159.522 novos registros contra 137.301 em janeiro de 2016, alta de 16,2%. Em sete anos, esse tipo de empresa passou de menos da metade dos novos empreendimentos (25,5% em janeiro de 2010) para 82,1% no último levantamento. Já as Sociedades Limitadas tiveram 12.760 novas unidades (+8,6%).
Por setor, a maior alta continua sendo na área de serviços e, em janeiro, foram 124.340 novas empresas, equivalente a 64% do total. Em segundo lugar, está o segmento comercial, com 53.580 (+27,6%). No setor industrial, foram abertas 15.837, ou 8,2%.
Quando a comparação é entre regiões, o padrão também se mantém. O Sudeste segue liderando o ranking de nascimento de empresas, com 98.804 novos negócios abertos em janeiro de 2017 (+50,9%). A Região Nordeste fica em segundo lugar, com 18,3%; seguida por Sul, com 16,4%; Centro-Oeste, com 9,3% e Região Norte, responsável por 5,2% do total de novos empreendimentos.
Já entre os estados, em janeiro deste ano, São Paulo foi responsável por 27% do nascimento de negócios, com 52.349. Em seguida está Minas Gerais, com 23.128 nascimentos, 11,9% do total, à frente do Rio de Janeiro que, em terceiro lugar, teve 18.780 novas empresas abertas (+9,7%).
Fonte: “Estadão PME”.
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