O Ministério da Justiça divulgou nesta terça-feira (23/06) que as 1.424 prisões que existem no país têm capacidade para 376.669 pessoas, mas recebem atualmente 607.730 presos, realidade que o titular da pasta, José Eduardo Cardozo, qualificou de “medieval”.
Os números mostram que a população carcerária é a quarta maior do mundo, ficando atrás apenas de Estados Unidos, China e Rússia. Ao contrário dos três outros países, contudo, o Brasil apresenta crescimento do número de presos, sem interrupção, desde 2000.
Segundo o relatório do Ministério da Justiça, há 15 anos o Brasil tinha 233 mil presos, em instituições que tinha capacidade para 240 mil, o que representa que o número de detentos subiu 161%, em ritmo muito superior ao registrado na construção e ampliação de penitenciárias.
Atualmente, existem 300 presos no país apra cada 100 mil habitantes. A previsão é de que, mantido o ritmo atual, o país terá mais de um milhão de pessoas atrás das grades em 2022. A apresentação do relatório coincide com o debate sobre a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, que tramita atualmente no Congresso.
José Eduardo Cardozo afirmou na semana passada que as prisões do país são “verdadeiras escolas do crime”, e propôs como alternativa a violência cometida por jovens, o aumento do tempo de reclusão para adolescentes que cometam crimes graves e, ao mesmo tempo, dobrar a penas de adultos que cooptem menores para cometer crimes.
Fonte: Época.
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