O problema, quando nos vemos diante de uma tragédia como a que ocorreu na última sexta-feira, na Noruega, é que facínoras como Anders Behring Breivik – que assassinou mais de 90 pessoas – atacam de forma sub-reptícia e covarde, mas querem se defender com todo o arcabouço legal da democracia.
Para tirar a vida de inocentes, ele, primeiro, enganou as autoridades para comprar fertilizantes e, com eles, fabricou a bomba que fez explodir no centro de Oslo. Em seguida, travestiu-se de policial e se dirigiu a uma ilha onde o Partido Trabalhista (o mesmo do primeiro ministro Jens Stoltenberg) realizava um encontro com cerca de 600 jovens.
Ali, começou a disparar contra os participantes e abateu dezenas deles com tiros de fuzil. Além da carnificina, o que há de mais sórdido na história é a postura do cretino quando a polícia chegou. Ele não meteu uma bala na própria cabeça, como costumam fazer os psicopatas que promovem tragédias apenas com o objetivo de chamar atenção para si.
Quando a polícia apareceu, Breivik simplesmente se entregou sem oferecer resistência. Ele sabia que, dali por diante, o Estado lhe garantiria o direito que negou a suas vítimas: o de se defender.
É aí que está o lado mais canalha desse tipo de gente – e isso vale para Breivik, assim como vale também para os autores do atentado de 11 de setembro em Nova York, para a turma do MST e de toda a corja (de direita, de esquerda, do centro ou da beirada) que em pleno século 21 ainda considera a violência em todas as suas formas um canal legítimo de expressão política.
Na hora de matar, de invadir, de chantagear, eles acham certo dar tiros, invadir propriedades e, lá dentro, torturar e assassinar funcionários. Consideram um direito interromper o trânsito de uma avenida importante, como é a Paulista, em São Paulo, bem na hora em que milhares de trabalhadores que dependem do transporte público voltam para casa após trabalho.
E depois, quando a política aparece, a acusam de violência – mas sabem que, se algo der errado, seus advogados já estarão na porta da cadeia para defendê-los de acordo com as regras do sistema que eles questionam e combatem.
Não, não é exagero. Vistos à luz do que representam para a democracia, os atentados na Noruega e as manifestações que interferem no direito alheio de forma tão contundente como ocorre frequentemente no Brasil têm origem idêntica. Sem parar a Avenida Paulista, dizem os “militantes”, eles não conseguem atrair a atenção da população para seus problemas. Sem matar, o babaca na Noruega não chamaria atenção do mundo para suas teses estapafúrdias.
Talvez a indignação pela morte de tantos inocentes num dos países com regras de convivência social mais evoluídas em todo mundo esteja por trás de minha eloqüência. Não descarto a hipótese. Mas a sociedade brasileira precisa deixar de pensar que está livre desse tipo de perigo.
A tragédia na Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro carioca de Realengo, em abril passado mostra que o problema não está tão distante assim. A sociedade brasileira precisa começar a refletir sobre si mesma.
Fonte: Brasil Econômico, 25/07/2011
HAHAHAHAHAAHAH
Engraçado, mas eu começo a ver algo super positivo nesse atentado: Justamente o fato do CRIMNINOSO ser acusado de DIREITISTA!
Nas décadas de 60 e 70 o mundo sofreu horrores quando TODOS os grupos terroristas eram de ESQUERDA:IRA, ETA, OLP, Brigadas Vermelhas, Baader-Meinhoff, Montoneros, Tupamaros, Sendero Luminoso, MR-8, FARC… só para citar alguns. Ah! Não esqueçamos o até hoje pouco conhecido PAC do Cesare Batisti. Ninguem reclamava!
Ninguem reclamava!
CONTINUANDO…
Pois agora o escândalo maior é justamente o fato do CRIMINOSO usar as mesmas táticas sujas DA ESQUERDA para “manifestar” seu ponto de vista. Cronistas como o autor deste texto jamais demonstraram tanta indignação contra os crimes e sequestros hediondos perpretados pelas FARC, por ex. Nem contra as leis brandas de proteção a CRIMINOSOS dos mais variados matizes. Pois essas leis, que nós julgamos tãããããããõ avançadas foram feitas sob medida para proteger os terroristas da ESQUERDA