Ser portador de deficiência não torna um funcionário menos capacitado, garante o fundador e CEO da Egalitê Recursos Humanos Especiais, Guilherme Braga. Com sede em Porto Alegre, há 18 anos a startup gaúcha ajuda grandes empresas no cumprimento das exigências estabelecidas pela Lei de Cotas (Lei 8.213/91), que determina a contratação de 2 a 5% de colaboradores com deficiência em organizações acima de 100 funcionários.
Com um serviço de recrutamento inovador e desenvolvido especialmente para atender todos os tipos de deficiência, a startup conta atualmente com um banco de dados de 55 mil candidatos e atendimento em todo o Brasil. Em um bate-papo com a nossa equipe, Guilherme explica que o objetivo da empresa vai muito além de cumprir os requisitos impostos por lei: “Nosso propósito é impactar o mundo através da igualdade de oportunidades. Fora a questão legal, queremos que as empresas entendam os benefícios que a diversidade traz para a cultura da empresa. Fazemos isso através de serviços de seleção, treinamentos, capacitações e consultoria para que entendam melhor esse processo. Ajudamos as instituições a transformarem essas culturas corporativas em mais inclusivas”. Ouça a entrevista completa no player abaixo!
A inovação tecnológica foi uma grande aliada nos planos de expansão da startup, possibilitando a transição de suas seleções offline para um sistema de recrutamento online, responsável por cruzar as informações técnicas e comportamentais dos candidatos indicados para vagas específicas. Esse sistema, considerado uma tecnologia exponencial, trouxe alguns reconhecimentos à Egalitê, entre eles, o troféu do Global Grand Challenges Award da Singularity University, na categoria Prosperidade. “A Egalitê foi a primeira empresa do Brasil a receber o prêmio nessa categoria. Utilizamos muito a tecnologia para acelerar os nossos processos, e com isso, conseguimos rapidamente entender quais pessoas têm o perfil mais adequado para uma posição. Hoje, não temos mais a necessidade de entrevistar pessoalmente os candidatos. Nosso processo é igual seja nas cidades onde temos escritório ou pelo norte do Brasil, por exemplo. A tecnologia encurta os caminhos e faz com que consigamos ter um impacto social ainda maior”, diz Guilherme.
Apesar das empresas entenderem os benefícios da inclusão, o CEO alerta para a importância de expandir a cultura inclusiva e a prática da responsabilidade social: “O maior desafio de um RH que deseja iniciar um projeto de inclusão não são as barreiras que enxergamos, mas principalmente aquelas que não vemos, como os processos que estão na cultura corporativa ou conceitos errados. Por isso falamos tanto em construir uma cultura inclusiva, ajudando as empresas a gerarem oportunidades para que a pessoa com deficiência entre na organização e também consiga se desenvolver. A inclusão de pessoas com deficiência não só pode como deve gerar resultados, e serão tão bons ou melhores como de uma pessoa sem deficiência”.