O Ano Novo sempre foi usado pelo Homem para fazer predições sobre o ano vindouro. Mas o Clube de Roma, fundado em 1968 pelo industrial italiano Aurelio Peccei (1908-1984), pelo cientista escocês Alexander King (1909-2007) e pelo banqueiro e megaempresário David Rockfeller (1915-2017), durante toda a sua existência parece que teve um único propósito: o de fazer predições sobre a extinção da Humanidade.
Conforme documento de 1974, a ideia do grupo era a de que o Homem é um câncer, e esse câncer precisa ser eliminado. Isso é devido a população crescer a um ritmo geométrico e os recursos naturais crescerem a um ritmo aritmético. O resultado desse desequilíbrio é a fome.
Aliás, resultado tolo, se for considerado nessas previsões o crescimento tecnológico e o know-how, responsável pela grande diferença de produção de um homem arando a terra com uma junta de boi e de outro com um trator; ou, mais modernamente, o de alguém pescando com um caniço-anzol e de outro com um barco equipado com radares de pesca submarinos.
Reconhecendo a falha, mas não os vaticínios, o Clube voltou ao ataque, alegando, agora, a extinção do ferro, do petróleo e das demais fontes de matérias-primas com o uso exagerado da tecnologia. Desconheciam, porém, as leis econômicas de Joseph Schumpeter, chamada de “Destruição Criadora”, que mostram que há uma renovação eterna dos bens usados como fonte de produção.
Não levam em conta, ademais, os fatores praxeológicos da ação, pregados por Ludwig von Mises no seu livro “Ação Humana”. Nesse manual, Mises ensina que o homem, agindo propositadamente, busca sempre sair de uma situação menos satisfatória, para outra mais satisfatória e que, mais importante, há um aprendizado nesse processo ou nesse caminho, fato que dá margem para ele sair, inclusive, de situações inesperadas. Nesse caso, o “ponto de transição” pode nunca chegar, como pensavam os membros dessa Entidade. Ao contrário, além de o Homem não ser um tumor maligno para o seu habitat, ele é justamente o oposto: é um bálsamo social.
Se a economia mundial não cresce de forma mais pungente, é devido às intervenções desastradas e descabidas dos governantes na economia que, através de leis espúrias, geram o desemprego. Aliás, o meio burocrático e político vêm usando, inclusive, o Bug como um meio de aumentar os gastos governamentais, ignorando que isso vai gerar mais desemprego ainda.
Com O Bug do Século, chamado de Covid-19, as ideias do “Clube de Roma” ‘não poderiam ser mais oportunas para aqueles países que têm uma população acima de um bilhão de pessoas e que crescem acima da média dos demais. Conta, ademais, com os aplausos de uma mídia sabidamente semianalfabeta econômica, que desconhece ou ignora os avisos de Friedrich Hayek, quando esse pensador fala que o cálculo econômico também é um cálculo de vida, bem maior e mais letal do que os cálculos sanitários. Por isso, vale lembrar as palavras de Cicero, “Quo usque tandem abutere, governantes mundiais e, principalmente, governantes chineses, patientia nostra?
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