“O Irã não tem uma política de prender pessoas pelo conteúdo de seus blogs, como alguns defensores dos direitos humanos querem nos fazer crer.” – Estas foram as palavras de Hossein Derakhshan, impressas no “The Guardian”, em 07 de maio de 2007.
Mas agora presume-se que a pessoa responsável por escrever essa bobagem e muitas outras mais em seus blogs, principalmente no seu blog em persa, tenha recebido uma sentença de 19 anos e meio de prisão. Ou recebeu mesmo?
Para mim, Derakhshan era apenas um bissexual que gostava muito de vinho e por isso preferiu viver fora do Irã e gozar dos privilégios e das liberdades do Ocidente. Mas ao mesmo tempo ele queria que o regime do Irã sobrevivesse, assim, seu papai rico poderia financiar seu estilo de vida ocioso. Que é mais ou menos o que se pode dizer de muitos esquerdistas no Ocidente, que apesar de admirarem os tiranos, ainda preferem viver no centro do imperialismo e não perder suas festas intelectuais progressistas regadas a champanhe.
Hossein Derakhshan está bem ligado aos círculos da elite do poder no Irã. O próprio Líder Supremo realizou a cerimônia do seu primeiro casamento no país. Seu pai é um comerciante rico e membro do grupo islâmico radical Coalisão Islâmica no Irã. Seu tio foi uma das vítimas do atentado a bomba do MeK aos quarteis do partido da República Islâmica na década de oitenta, o famoso caso dos “mais de 72 mártires”, onde as agências de notícias da República Islâmica relataram as vítimas como “mais de 72 mortos” para tornar o caso semelhante à tragédia da batalha de Karbala, onde o neto do profeta, o Imam Hussein, e seus 72 companheiros foram martirizados em uma batalha injusta contra a decisão do Califa.
Publicado no blog de Potkin Azarmehr
Tradução: Cristina Camargo
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