Matéria publicada nesta quarta-feira, dia 3 de agosto, nos principais jornais do país mostra o que já era para muitos evidente: as cotas raciais não beneficiam os mais pobres. Em outras palavras: só ajudam quem teve acesso a uma boa educação a vida inteira. Nos Estados Unidos, país pioneiro na criação das cotas raciais, logo se chegou à mesma conclusão do estudo acima mencionado. Ao contrário do que se pode imaginar, nunca existiu qualquer correlação entre as políticas de recorte racial e a prosperidade dos afrodescendentes norte-americanos. Quem explica muito bem este tema é o Thomas Sowell, professor negro contrário à implementação das medidas, no livro “Ação Afirmativa ao redor do mundo”. Mas, provavelmente, ele deve ser racista.
Os dados do Censo de 2010, divulgados recentemente, mostram que os pretos são atualmente 7,61% da população brasileira. E atualmente 8,72% dos que estão na universidade são pretos. Ou seja, estão até melhor representados, portanto, do que a proporção que ocupam na população brasileira. Todavia, quem divulgou esta pesquisa também deve ser racista.
De tudo que vi publicado sobre o assunto, o mais grave foi perceber a interpretação dada à pesquisa por inúmeros “jornalistas”, que praticaram verdadeiro genocídio em relação aos pardos. Acabaram de matar 80 milhões de brasileiros, sem que ninguém fosse punido! Praticam um verdadeiro genocídio de quase a metade da população brasileira e ninguém faz nada? Como assim? Explico.
Sabe-se que os arautos da racialização no Brasil – aqueles que querem à fórceps afirmar que somos um país racista e que o negro está fora da universidade somente por conta do racismo (e que isso não tem nada a ver com a péssima qualidade dos estudos de que são vítimas, quando pobres), simplesmente matam os pardos quando lhes é conveniente. Eles afirmam que 50,7% dos brasileiros são “negros” (a soma de pretos – que são 7,61% mais pardos – que são 43,13%), mas que apenas 8% dos negros estão na universidade! Neste momento, eles “matam” os pardos, ignoram maliciosamente a representação de pardos de 32% no âmbito universitário e só divulgam os números relacionados aos pretos!
Impressiona a desfaçatez com que nos tiram por idiotas. É muita manipulação de estatística. Como diria o Roberto Campos: “A estatística é igual ao biquíni, o que revela é importante, mas o que oculta é essencial”. Não é à toa que, magicamente, após a implementação da política de cotas raciais, houve um aumento de mais de 50% de pretos no país, algo que nunca havia acontecido antes na história. Alguns podem afirmar que se trata do “orgulho da raça”. Eu, entretanto, analiso em outro sentido: farinha pouca, meu pirão primeiro. Por que será que isso aconteceu? Será que foi coincidência? Ou será que tem a ver com a intenção de ter o benefício das políticas racialistas? Não existe estatística inocente. Mas os que manipulam as estatísticas decerto não são racistas. São apenas espertos.
Este trágico equívoco a que leva a interpretação das estatísticas mal , ou maliciosamente digeridas, neste caso, se , sem dúvida, dá razão ao Roberto Campos,por um lado, pelo outro , os dados apresentados, revelam uma diferença de como o não branco se vê. Vale a pena sair do armário, na medida em que esse cidadão julga que poderá, assim, levar vantagem.
Até ontem, tanto quanto pudesse , ele era branco.
Agora, com as estúpidas cotas raciais,o Brasil se amorena.
A culpa não é da estatística.
essa pesquisa e essa análise precisam ser mais divulgados para cair por terra a ideia, propagada por alguns setores, que as universidades são o império da branquitude
Mas que contas inteligentes. Nem dá para acreditar que nós é que estávamos “manipulando” as estatísticas.
Mas deixe que pelo menos eu dê minha opinião:
-Universidade pública é para quem precisa e não para rico sem vergonha.
-Quem estuda em universidade pública tem que PAGAR em serviços à população mais pobre, em qualquer localidade do País.
O governo não tem que ajudar quem não precisa, tem que deixar os capitalistas praticarem o capitalismo.
Caro Ângelo:
Concordo com você. Mas as cotas raciais não observam renda.
É simples, quem pode financeiramente que estude e que comprove que é melhor. Se tem tudo para estudar, por que não estuda?
Aliás, o regime de cotas tem servido para muito filinho de papai justificar porque não entrou na faculdade.
No meu tempo eram os excedentes, mas quem estudava de fato não tinha problema.
Sou contra cotas raciais.
Em relação as Universidades Públicas, tantos ricos quanto pobres devem ter acessos as mesmas. O acesso à elas deve obedecer ao maximo a meritocracia. O que realmente deve ser feito é investir em educação básica, dando condições das pessoas pobres competir em codições de igualdades com todos os outros, sejam eles integrantes da classe média ou ricos.
Por fim,aqui no Brasil se condena de forma corriqueira quem obteve êxito na questao financeira.Sinceramente,puro…
Os conservadores do Instituto Millenium (ou seja, todos)sao contra qualquer coisa que vise igualdade, seja racial, social ou economica, nao tem argumentos, por isso apelam para blogs, ja q nao ha um interlocutor para refutar suas ideias. Quando ha, como no debate com o Zulu, ele deu uma verdadeira aula para a Sra. Roberta Fragoso, que tentou baixar o nivel do debate alterando a voz mas nao teve exito tamanha a discrepancia intelectual e retorica entre ela e o Zulu Araujo.Vale a pena assistir.
Oi! MEu nome é Cibelly. Eu também estudo na UnB, faço administração. Enfim, todos sabemos que a UnB é um espaço elitista. Eu sou branca e de classe média e não escondo isso. Não escondo o fato de eu estar nesta universidade pelo fato de eu ter tido condições históricas para isso. E sim! Sou a favor da cotas raciais pois afirmar que etas deveriam ser sociais é reproduzir o discurso da Democracia Racial, o nosso Racismo maquiado (e com peruca loira).
Abraços Patrícia ops… Roberta!
😉
Quem???
Acredito que defender as cotas sociais ao invés das raciais é reproduzir o dircurso da Democracia Racial num país onde existe sim o afro-genocídio! É um tipo de Racismo Universalista que pretende maquiar a história branca deste país!
A Elite branca continua a dominar os espaços, como sempre fez mas nem sempre o fará.
Enfim, acredito nas cotas raciais aliadas a outras medidas como o combate a concentração de renda e riqueza…
😉
Parafraseando o MV Bill “Por mais que parte da Elite evite, o afro-genocídio existe”
Não são só os pobres que estão morrendo, são os negros!
Que a eles sempre foi negado tudo, renda, representatividade, conhecimento enfim. Não porque eram porque eram pobres, ex-escravos… era porque eram negros! Ao italiano, holandês, japonês foi dado terra… E ao negro, nada!
Ebgraçado ver os comentários dos que são a favor das cotas. Enquanto a jornalista nos traz dados oficiais do censo, os a favor da]s cotas fazem críticas pessoais ao IMIL e àsd pessoas que o compôe, mas não rebatem nada, não tem informações que sirvam par rebater, aí partem para o ataque pessoal.
Abram os olhos, é assim que a esquerda joga. Não é com a razão, é com discursos inflamados, baseados em porcaria nenhuma e ataques pessoais. Coisa de quem não tem caráter, para quem o importante é ‘vencer’ e não raciocinar e chegar a melhor solução. E aí ainda se acham os vecedores de debates para os quais não acrescentaram nada, apenas ataques.
São ridículos e espero que sejam varridos do país.
Otimismo do Bruno, logo acima, torcer para o varrimento do esquerdopatismo do país. Quanto mais corrupto um povo, mais esquerdista ele é, num amálgama entre causa e consequência.
Que defesa sem nexo, as cotas sempre existiram para os brancos, elas eram apenas camufladas, ou eles estão achando que 50% das vagas são poucas, vão estudar cambada de patricinhas e mauricinhos…quando os negros e os pobres entram na universidade é a democracia acontecendo….