Os preços internacionais do barril de petróleo em 2011 foram influenciados por três fatores. O primeiro foi a instabilidade política derivada dos conflitos e mobilizações populares no Oriente Médio e Norte da África.
O segundo foi a desaceleração das economias dos principais consumidores mundiais da commodity, tais como Estados Unidos, China e os países da Europa.
As economias dos Estados Unidos e China posteriormente sinalizaram menor risco de recessão e desaceleração, contribuindo para uma recuperação dos preços.
O terceiro fator que afetou apenas os preços do WTI foi um excesso de oferta no ponto de venda de Cushing, nos EUA, onde é calculado o preço do WTI, devido à malha de oleodutos da região não ter acompanhado a elevação da produção.
Entre janeiro e novembro de 2011, foram exportados pelo Brasil 206,1 milhões de barris de petróleo, um incremento de 2% em relação aos 182,9 milhões registrados em 2010.
Somado este resultado ao decréscimo de 11% na importação de petróleo, o saldo volumétrico da balança comercial de petróleo foi superavitário em 104,9 milhões de bep nos onze meses de 2011, um resultado 19% superior ao do mesmo período de 2010.
A produção nacional média de petróleo em 2011, até novembro, registrou 2,095 milhões de barris/dia, um crescimento de 2,6% em relação à produção média observada em 2010.
Entretanto, a média diária em 2011 foi menor do que a meta estabelecida pela empresa, de 2,100 milhões de barris.
Em relação aos derivados de petróleo, o consumo acumulado ao longo de 2011, até novembro, foi de 2,204 milhão de bep/dia, resultado 4,3% maior que o verificado no mesmo período de 2010. As maiores demandas foram as de óleo diesel, que responderam por 35,2%; gasolina, com 15,8%; nafta, com 7,8%; e o GLP, com 5,6%.
Em relação ao óleo diesel, em 2011 os preços nas refinarias da Petrobras ficaram, em média, 16%, enquanto os da gasolina ficaram, em média, 15% abaixo dos preços praticados no Golfo do México.
O saldo líquido acumulado decorrente da diferença entre os preços praticados pela Petrobras no mercado interno e os preços internacionais da gasolina e do diesel, desde janeiro de 2003, está negativo em R$ 13 bilhões.
Em 2011, o crescimento da atividade petrolífera no Brasil desacelerou e as perspectivas de avanços do setor não foram concretizadas.
Foi observado um imobilismo do governo e falta de definição de políticas claras e transparentes para o setor, como no adiamento da realização das esperadas rodadas de licitação de blocos exploratórios.
A falta de licitações de blocos exploratórios está colocando o Brasil na desconfortável situação da diminuição da área de exploração. Segundo a ANP, no final de 2011 o país contava com 320 mil km² de área exploratória concedida e, caso não ocorra nenhuma rodada de licitação, no final de 2012 a área se reduzirá em 215 mil km², para 105 mil km².
Um dos pontos positivos do ano foi o anúncio da construção de centros de pesquisa. Grandes empresas como a Vallourec & Mannesmann, BG, Siemens e EMC2 se preparam para instalar seus centros de pesquisa no polo científico localizado na Ilha do Fundão na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
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