Há mais de 12 anos, o Instituto Millenium busca explicar a importância de uma agenda liberal econômica para o desenvolvimento do Brasil, já que são os empreendedores que geram empregos e riquezas para um país.
Durante esse período de pandemia ficou ainda mais evidente a importância de buscar soluções rápidas por meio do setor produtivo, que assumiu o protagonismo, inclusive na produção de vacinas, como explicou o economista Maurício Bento em entrevista recente ao Imil.
“O setor privado criou as vacinas. As empresas farmacêuticas muitas vezes são criticadas por conta de produtos caros, mas foram investimentos privados, em sua maioria, que garantiram a vacina em tempo recorde. Além disso, outras empresas se adequaram, começaram a produzir máscaras e encontraram novas formas de contribuir produzindo bens e serviços que fazem falta”, declarou.
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Daí a necessidade das reformas estruturais, privatizações e leis claras, que criem um ambiente de negócios favorável para os empreendedores, desburocratizando os processos e atraindo investimentos.
O novo estudo do Instituto Millenium, desenvolvido em parceria com a empresa Octahedron Data eXperts (ODX), Agronegócio: Exportação, Emprego e Produtividade, realizado de forma independente, sem auxílios de governos, partidos ou Ministérios, exemplifica a capacidade do setor privado de gerar riquezas, como é o caso do agronegócio nos últimos 10 anos.
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“O agronegócio é um exemplo positivo de como o setor privado realmente despontou e está criando oportunidades, aumentando a produtividade, e continuou produzindo apesar de todas as confusões, dificuldades diplomáticas e tributações absurdas”, afirma Priscila Pereira Pinto, CEO do Instituto Millenium.
A Forbes Brasil repercutiu a análise, concordando que “o agro tornou-se símbolo do empreendedorismo. Um estudo do Instituto Millenium mostra que, entre 2011 e 2020, o setor apresentou um crescimento de 25,4%; a título de comparação, serviços cresceram 1,5%, a indústria -12,8% e PIB -1,2%”.
O Valor Econômico também destacou o estudo, afirmando que “o cenário de depreciação cambial e de alta dos preços dos alimentos foi fundamental para manter o agronegócio brasileiro em alta em 2020, mesmo em meio à pandemia, e continua a estimular o avanço do setor este ano. Mas essa resiliência só se tornou viável graças ao aumento da eficiência em diversas cadeias produtivas proporcionada por investimentos tecnológicos”.
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Outro ponto importante que merece atenção é que o desenvolvimento e a produtividade estão diretamente ligados ao aumento da sustentabilidade. Quando há inovação, mecanização e tecnologia, fazemos mais com menos, ou seja: em uma década foi produzido mais, utilizando menos espaço.
“Essa mistura de tecnologia e inovação significa menos água, menos área ocupada, maior sustentabilidade e resultados”, disse a CEO.
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O grande objetivo do estudo foi analisar os principais fatores que levaram o agronegócio a estar na contramão dos outros setores, sendo o único que não teve a chamada década perdida, com resultados positivos, que inclusive evitaram uma queda ainda maior do PIB no ano passado.
No Imil, temos diversos conteúdos que explicam o problema crônico de baixa produtividade e investimentos, por causa, principalmente, do excesso de burocracia e peso do grande Estado. O agronegócio conseguiu superar essas barreiras e atingiu níveis excelentes de produtividade, que chegaram a 100% de aproveitamento em algumas culturas agrícolas.
“O agronegócio funciona porque o Estado não está em cima dele e é um exemplo de inspiração para outros setores”, destaca.
Para acessar o estudo na íntegra acesse a página “O Setor Privado Não é Vilão”.