Há um estranho clima no ar… Vivemos os rescaldos de uma dramática crise pandêmica que, antes mesmo de seu controle, já apresenta sinais de reincidência, e que, de maneira turbulenta, deita suas garras por diversos outros setores da vida social. A economia se ressente desses efeitos, num ciclo de morosidade e desânimo.
A catastrófica miséria, a gigantesca desigualdade social, o chicote inflacionário, a recessão… Tudo nos leva a crer, desesperançadamente, que as trevas da carestia perdurarão indefinidamente.
Felizmente, as luzes da esperança podem trazer maior nitidez à nossa aparente insolúvel situação.
A verdade é que o Brasil conta com um amplo mercado interno capaz de sustentar um ciclo de prosperidade baseado no enorme consumo represado de nossa população. Ao mesmo tempo, a criatividade inerente ao brasileiro nos mostra que as saídas da crise podem se encontrar surpreendentemente próximas.
Iniciativas ainda pouco festejadas, como as do chamado “pré-sal caipira”, biogás produzido a partir dos dejetos agropecuários, as inovações produtivas agroflorestais, os enormes potenciais para a geração de energia solar e eólica, podem, por exemplo, colocar o Brasil na vanguarda do desenvolvimento sustentável.
Por outro lado, os leilões de projetos de infraestrutura, já realizados com sucesso, ensejarão a vinda de investimentos materializadores de trabalho gerador de riquezas e indutor da produtividade.
Ainda, a situação mundial demonstra excesso de liquidez, de maneira a que o crédito seja impulsionado, levando à maiores investimentos produtivos aqui.
Ao lado disso, surge também, favorecido pelas novas opções tecnológicas, o trabalho e o estudo transfronteiriços, ou seja, aqueles realizados em organizações situadas fora das nossas fronteiras nacionais, mas a partir daqui. Esses fenômenos, potencializados pelos adventos tecnológicos do 5G e pelo aprofundamento da globalização, trarão a inspiração para inovações e empreendimentos baseados nas melhores práticas do mundo.
Ou seja, as previsões amplamente pessimistas não devem atordoar os planos do povo brasileiro, já que não se atentam para as mudanças mais estruturais da economia.
Infelizmente, também não cresceremos acima dos patamares da mediocridade.
Para a superação desse quadro de baixo crescimento econômico carregado de chagas sociais, são precisos maiores avanços nas melhorias do ambiente negocial brasileiro, na abertura comercial, na integração brasileira às Cadeias Globais de Valor, e no aprimoramento de nossas instituições normativas.
Ou seja, com o aprimoramento de nossas instituições normativas e econômicas, no sentido da melhoria do ambiente de negócios e da capacitação individual e coletiva, o Brasil possui todas as condições para liderar um novo Ciclo de Desenvolvimento.
Mas, para que isso ocorra, é preciso entendimento acerca de que a prioridade que a Educação deve gozar por parte dos cidadãos é a base indutora do Desenvolvimento Nacional, baseado na Inclusão, na Liberdade e na Justiça.
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