A previsão inicial do orçamento operacional, que era gastar 4,2 bilhões de reais, pode aumentar ainda mais
O orçamento operacional da Olimpíada de 2016 no Rio de Janeiro subiu mais de 2,5 bilhões de reais ante a estimativa inicial do comitê organizador local dos Jogos, para cerca de 7 bilhões de reais, e pode subir ainda mais, disse à Reuters uma fonte próxima ao assunto.
Quando apresentou o orçamento na proposta de candidatura aos Jogos, em 2009, o comitê organizador estimava gastar 4,2 bilhões de reais no evento. Agora, com a atualização dos valores, a variação do câmbio e a inclusão de outras responsabilidades e modalidades no programa olímpico, o orçamento subiu para 7 bilhões de reais.
Além disso, a previsão inicial de aporte de 1,4 bilhão de reais das três esferas de governo no COL foi elevada para 1,9 bilhão de reais.
“É muito difícil fazer um prognóstico para a obra de um banheiro de uma casa. Imagina de uma Olimpíada que envolve muito mais gente, órgãos e outros fatores”, disse a fonte, sob condição de anonimato. “É um salto grande mas que era necessário”, disse, acrescentando que o orçamento ainda “corre o risco de passar por uma nova revisão”.
“Acho um risco danado fechar esse número em 7 bilhões. Acho que deveríamos jogar mais para cima, para uns 10 bilhões (de reais), para termos folga e chance de até sobrar dinheiro no final”, disse.
O orçamento operacional dos Jogos Olímpicos de 2016 será divulgado oficialmente nesta quinta-feira. O valor é referente apenas às obrigações do COL, e não inclui as obras de infraestrutura e construção de arenas esportivas.
O custo total da Olimpíada será apresentado na próxima semana, quando será divulgada a matriz de responsabilidade dos Jogos Olímpicos. Na proposta de candidatura do Rio, esse gasto foi estimado em 23 bilhões de reais.
Fonte: Exame
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