“People seldom do what they believe in. They do what is convenient, then repent.” Bob Dylan
“As pessoas raramente fazem o que é certo. As pessoas fazem o que é mais conveniente, depois arrependem-se.” Bob Dylan
Por Rosana Amaral
Qual será o trabalho que me trará felicidade? Todo jovem faz esta pergunta para si mesmo. A felicidade pode parecer um tema abstrato. Porém, Aristóteles deu uma pista sobre o que constitui a felicidade: o bem mais excelente. Segundo Aristóteles, “o bem humano reside na função humana.” E função humana aqui significa uma ocupação a desempenhar, um trabalho. A resposta a essa pergunta guiará como o jovem e a sociedade viverão nos próximos anos.
Contudo, conhecemos pessoas que não tiveram uma resposta com rapidez; eles fizeram duas ou três faculdades até terem consciência do que realmente queriam. E, há aquelas pessoas com mais de quarenta anos que ainda não sabem a resposta a essa pergunta.
Não é verdade que todo jovem quer ser um Steve Jobs, um Wozniak, um Zuckerberg, um Eduardo Saverin, um Bob Dylan, um Dostoiévski, um Messi, um Neymar, um Guga, uma Serena Williams, uma Jennifer Lopez, uma Doris Lessing, uma Clarice Lispector?
Mas não é verdade também que há inúmeros jovens heróis desconhecidos?
Dirigindo-me ao jovem herói desconhecido, prefiro ao invés de auxiliar a responder a pergunta inicial, colocar outra pergunta mais profunda e mais incômoda: Quais são as suas crenças?
Essa é a pergunta que ele deveria responder antes de pensar em qual trabalho lhe trará felicidade.
Se ele conseguir responder no que realmente acredita, conseguirá conhecer o que realmente importa para ele.
Ao definir o que realmente lhe importa, este jovem saberá fazer escolhas mais acertadas de vocação, carreira e posicionamento no mundo e não simplesmente fazer o que é mais conveniente para agradar o mercado ou ainda fazer o que os outros desejam que ele faça.
Parece simples, mas não é. Exige reflexão, vontade de se conhecer um pouco mais, conversa com pais, amigos. E, principalmente, muito esforço pessoal.
Afinal, sabemos que não é fácil desdenhar a oferta da “máquina do mundo” e investir em si mesmo para que, enfim, liberte-se das sombras do desconhecido.
Rosana do Amaral é mestre em História Social pela Universidade de São Paulo (USP) e consultora para empresas de diversos segmentos nas área de gestão empresarial.
Adorei seu artigo, Rosana. Nao eh facil mesmo desdenhar a oferta da maquina do mundo, e a vida acaba sempre nos “enquadrando”. O dificil eh aliar nossas crencas com a necessidade de din-din no bolso!!
Patricia.