Segundo relatório divulgado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), 6.917 agentes e gestores públicos, que tiveram as contas rejeitadas, devem ficar fora das eleições municipais de outubro. Houve um aumento de 41% na rejeição de prestações de contas em relação a 2010.
O cientista político e especialista do Instituto Millenium, Leôncio Martins Rodrigues Neto, ressaltou a importância da iniciativa do TCU. “É uma medida moralizadora de nossos costumes políticos.”
Rodrigues lamentou o atual cenário da política nacional: “Infelizmente, o sistema político e a administração pública são usados como forma de enriquecimento ilícito e para a obtenção de vantagens privadas.”
O especialista fez uma crítica contundente ao uso indevido do dinheiro público. “Os políticos em toda parte precisam recompensar seus seguidores e não gostam de fazê-lo de seu próprio bolso.”
Rodrigues acredita que a sociedade está mais consciente do processo eleitoral. “Tenho a impressão, contudo, de que, nesses últimos tempos o eleitorado, a opinião pública e os órgãos de controle estão um pouco mais atentos.”
A lei
A Lei de Inelegibilidade, alterada pela Ficha Limpa, impede a candidatura de servidores públicos que tiverem as contas rejeitadas. Cabe a Justiça Eleitoral decidir se os nomes apontados pelo TCU serão afastados da máquina pública.
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