O economista Gustavo Franco, especialista do Imil, concedeu entrevista à revista Poder sobre a crise econômica mundial. Para Franco, mais do que uma crise, será um “período prolongado de crescimento baixo nos Estados Unidos e na Europa.”
Ele ressalta que a fase resulta de “uma conscientização do tamanho dos problemas fiscais gerados pela crise de 2008 que qualquer problema novo”.
Na entrevista, o economista se mostra cauteloso com os efeitos da crise que o ex-presidente Lula já chamou de marolinha. Critica a política de excesso de gasto público e também a falta de ousadia nas mudanças fiscais.
Leia trechos:
Marolinha ou longo período de crise:
“O importante é o governo brasileiro entender o que se passa e tomar as medidas necessárias para que os nossos negócios continuem andando bem.
Política fiscal brasileira:
“No terreno da política fiscal, temos um samba de uma nota só: o governo só tem uma resposta para qualquer problema, assinar um cheque. Um relógio parado está sempre certo numa determinada hora do dia.”
Gasto Público
(O aumento) “Pode e tem atrapalhado. Os aumentos de gastos em resposta à crise de 2008 foram ‘anticíclicos’ para usar a expressão do ministro (da Fazenda Guido Mantega). Deviam ter sido cancelados, uma vez ultrapassada a recessão.”
No site do Instituto Millenium, ouça a palestra que o economista ministrou na Casa do Saber Rio sobre Moeda e política monetária
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