As atenções da agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P), ao analisar a nota do Brasil nos próximos meses, estão voltadas para as questões domésticas porque a origem da crise de endividamento vivida pelo País vem de problemas fiscais, assim como ocorreu com a Grécia. Segundo o executivo chefe global de ratings soberanos da S&P, Moritz Kraemer, a reforma da Previdência seria um primeiro passo na direção de enfrentar a crise fiscal, percurso que exigirá várias reformas ao longo de vários anos, passando por mais de um governo.
“Se você tem um longo caminho a percorrer, é melhor começar mais cedo, pois assim você saberá que chegará a tempo”, afirmou Kraemer ao Estado, após participar de um seminário ontem na Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio.
Entre as reformas, o executivo destacou a previdenciária. “Ela terá um importante efeito de sinalização. Se você não pode dar o primeiro passo, que confiança teremos? Se o Brasil não tomar esse caminho, o teto de gastos é inatingível”, disse Kraemer.
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