O silicone virou assunto de saúde pública no Brasil. Após ficar comprovado que há riscos de ruptura no material importado da França e da Holanda, o governo decidiu liberar o uso do SUS para as cirurgias de retirada de próteses mamárias que se romperam. As pacientes reclamam, alegando que a cirurgia deve ser preventiva também. O governo está sob pressão para liberar de vez a rede universal de saúde para toda cirurgia de troca de silicone.
O tema levanta algumas questões interessantes. Em primeiro lugar, parece que a Anvisa está tão preocupada em controlar a vida dos cidadãos nos mínimos detalhes que deixa passar casos mais graves como esse. Para se meter na quantidade de sal do pão francês os funcionários da agência arrumam tempo, mas não para detectar problemas no silicone importado. Tudo bem. Isso acontece, ainda que possamos questionar para quê serve tanto funcionário “cuidando” de nossa saúde…
Em segundo lugar, vemos claramente os riscos de abuso quando a saúde é “universal” e “gratuita”. Nesta quinta participei de um evento do IEE em Porto Alegre sobre o “documentário” Sicko, do mega-embusteiro Michael Moore. A despeito dos dados manipulados, das distorções deliberadas, das mentiras descaradas e do patético sensacionalismo, o filme serve para nos mostrar como é perigoso monopolizar os fins nobres em um debate delicado como esse.
Michael Moore tenta passar a idéia de que o slogan marxista (“de cada um de acordo com sua capacidade, para cada um de acordo com sua necessidade”) precisa ser incutido na cabeça dos americanos egoístas e insensíveis. Trocar o “eu” pelo “nós”, eis o que vai salvar a saúde dos americanos! O que Moore não mostra é como tais incentivos perversos realmente afetaram a qualidade da saúde nos países que adotaram este caminho.
Mesmo no Canadá há inúmeros problemas, como filas de espera, equipamentos obsoletos, corrupção e burocracia. Nem vou falar de Cuba, cujo modelo de saúde é defendido por Moore, porque é absurdo demais alguém em pleno século 21 cair no conto do vigário de que a saúde pública na Ilha-presídio funciona. Quando a “terrível” lógica do lucro desaparece, surge em seu lugar a lógica dos “favores”. Os poderosos funcionários públicos, que podem decidir o destino de um rim, são tentados pela corrupção o tempo todo. Muitos sucumbem.
Voltando ao problema do silicone, o mais correto seria cada paciente buscar ressarcimento perante seus médicos ou planos de saúde, e estes, eventualmente, devem processar seus fornecedores estrangeiros. Caveat emptor! Mas a mentalidade coletivista está tão disseminada que muitos passaram a crer que é um dever do governo (leia-se de todos) bancar qualquer risco alheio, inclusive em cirurgias meramente estéticas. Pensando bem, até que faz algum sentido. Afinal, peito bonito é mesmo um bem público.
Fonte: Instituto Liberal
Esse modelo privado é cruel sim! O Estado tem de está presente na saúde e educação. É foi comprovado que esse sistema que os Estados Unidos adota é excluso. E o nosso vai indo pelo mesmo caminho.
Os hospitais estão sendo tomados pelas tais OS(organiazação social),ou seja : o profissional não é funcionário publico,ganha bem,mas,pode ir embora a qualquer momento.
O Rodrigo,estamos assistindo a falência de um modelo(neo-liberalismo) que vai-se agonizando e morrendo aos poucos
CoNTINUANDO…
É persiste em dizer que será o melhor modelo para o desenvolvimento do país? Acredito que Adam Smith,caso estivesse vivo,talvez repensaria os seus conceitos.
Somente resta dizer que Michael Moore,também seja um Petista.
Artigo informativo e que apresenta uma proposta interessante.