Em breve, os pecuaristas poderão monitorar seus rebanhos à distância, usando um aplicativo para dispositivo móvel. O produto criado pela Bov Control, estará disponível no mercado a partir de março, diz Danilo Leão, um dos sócios da empresa. O projeto é um dos cinco que serão incubados nos próximos dez meses pela Academia Wayra, uma aceleradora criada pela Telefônica para dar apoio financeiro e de gestão às empresas nascentes, preparando-as para receber investimentos.
“Nosso foco, neste início de trabalho na Academia, é desenvolver o produto para Android, que é o sistema operacional móvel mais barato e o que mais cresce no mercado.” Leão diz que o lançamento do produto será feito em parceria com a Vivo. “Vamos aproveitar o know-how da Telefônica para desenvolver ações de marketing para massificar o uso do aplicativo entre os produtores rurais de todo o Brasil.”
A ProDeaf é outra startup que será acelerada de janeiro a outubro. O projeto nasceu em Recife (PE), onde residem os três sócios que desenvolveram uma tecnologia de acessibilidade para surdos. A ferramenta traduz qualquer texto digital escrito em português para a Linguagem Brasileira de Sinais (Libras).
A ideia do produto surgiu depois que os sócios ficaram amigos de Marcelo, um rapaz surdo que cursou com eles o mestrado de computação na Universidade Federal de Pernambuco. “Ele ia à aula com um interprete de Libras. Quando começamos a ter contato com ele, descobrimos a grande dificuldade enfrentada por surdos para fazer coisas rotineiras como pegar um ônibus, ou fazer um pedido no restaurante, porque existe uma barreira de comunicação entre surdos e ouvintes”, conta João Paulo Oliveira, um dos coproprietários.
De acordo com Oliveira, para deficientes auditivos, o português é uma segunda língua e eles têm dificuldade para aprendê-la, por isso acabam segregados. “Nos interessamos pelo tema e fizemos um protótipo de uma ferramenta que pudesse transmitir a comunicação entre surdos e ouvintes traduzindo em tempo real de português para libras e vice-versa.”
O empresário diz que a solução, que já está em operação, é para acessibilidade digital e para vídeo. “Temos outras correntes que são aplicativos para celular. Por meio deles, uma pessoa pode falar um texto e ele ser traduzido para Libras. Essa ferramenta será lançada nos próximos meses e será gratuita para o usuário final, porque o modelo de negócio é baseado no apoio de empresas.” Eles esperam que, na Academia Wayra, ProDeaf ganhe escala e chegue a 10 milhões de surdos residentes no Brasil.
Já os empresários Edgar Faciola e Flávio Maeda criaram a rede social Proprietário Direto, voltada para o mercado imobiliário, com o objetivo de conectar pessoas que estão em busca de imóvel com proprietários que desejam vender esse bem. “Agora, estamos expandindo a plataforma, porque percebemos que ela também pode funcionar como um canal de vendas para os corretores”, diz Faciola.
O empresário conta que a receita é obtida por meio da inserção de oferta de imóveis na plataforma e da cobrança de uma taxa de profissionais que divulgam seus serviços na rede, como arquitetos, corretores, engenheiros etc. “Na incubadora poderemos contar, entre outras coisas, com sua rede de networking para conquistar novas parcerias estratégicas.”
Audiência. Outra novidade apoiada pela Wayra é a plataforma que analisa o perfil e o comportamento da audiência de vídeos. “O serviço foi criado para ajudar quem publica vídeo na internet a aumentar sua audiência. Com base nessas informações, eles podem monetizar melhor os vídeos”, diz Daniel Uchôa, sócio da Overmedia Cast.
Uchôa conta que a empresa mantém parceria com o site Videolog e monitora cerca de 6 milhões de visitas por mês, entre 800 mil usuários que publicam vídeo. “A Wayra veio no momento certo, depois de validarmos o produto dentro do Videolog. Agora, identificaremos plataformas de vídeo de outros países que têm essa demanda. A partir deste mês, vamos mudar nossa base de operações para Londres, onde usaremos as instalações da Wayra para buscar novos clientes.”
Também apoiada pela aceleradora, a rede social Gengibre criou um tipo de Twitter voltado ao público que usa celulares de baixo custo. “Assim, se a pessoa seguir uma personalidade, como se faz no Twitter, poderá ouvir as mensagens de seu ídolo, por exemplo”, diz Mário Nogueira, um dos proprietários.
Ele afirma que existem 260 milhões de celulares em uso no Brasil e 81% deles são do tipo que não navega na internet. “Para esse público, criamos uma forma de acessar o serviço e postar mensagem de áudio usando a rede de voz.” A ferramenta e deverá ser lançada em seis meses.
Fonte: O Estado de São Paulo, 07/01/13
Quando li o título fiquei feliz, pois tenho alguns produtos inovadores sendo desenvolvidos, porem o suporte é para apenas empresas voltadas para o ramo de celulares / comunicação… mas tudo bem…toda ajuda em qualquer setor é bem vinda…VIVA A INOVAÇÃO. EDER – matematicanota10.com