Depois de subir doze posições na última avaliação do Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (Ideb), Pernambuco aparece agora com a menor taxa de evasão escolar do ensino médio, segundo levantamento efetuado pelo Instituto Nacional de Educação e Pesquisa Anísio Teixeira (Inep) e divulgado nesta quinta-feira. O percentual de abandono na rede estadual é de 5,2%, quando há estados, como o Pará e Alagoas, onde ele chega a 18,4% e 18%, respectivamente. São Paulo aparece na segunda colocação, com 5,6%, Goiás em terceiro (7,2%), Rio de Janeiro em quarto (7,3%), e o Paraná em quinto (7,4%).
“Pernambuco tem hoje a escola mais atrativa do Brasil”, comemorou, em nota, a Secretaria Estadual de Educação. Em 2007, Pernambuco tinha a segunda pior colocação no ranking nacional, com taxa de abandono que chegava a 24%. Na época, as escolas de regime integral só somavam treze no estado, e hoje são mais de 300 unidades de referência, não só na região metropolitana, mas também no interior, inclusive no agreste e no sertão. Outro problema nas escolas do ensino médio era a falta de professores, o que levou o Ministério Público a acionar o estado na época. O GLOBO chegou a entrevistar estudantes que concluíram seus cursos sem aulas de química e de física.
Para o Secretário de Educação, Ricardo Dantas, programas estaduais, como o que distribui tablets a alunos, têm contribuído para tornar a escola mais conectada aos novos tempos aspirados pelos jovens estudantes. O programa “Ganhe o Mundo”, por exemplo, envia jovens carentes com bolsas de estudo no exterior, onde aprendem inglês ou espanhol. Mais de três mil já foram beneficiados.
O secretário de Educação atribuiu o avanço ainda ao Pacto pela Educação, implantado no estado, que criou segundo ele “ambiente propício à convivência, aprendizagem e cidadania”. No último dia 5, o Ideb revelou que Pernambuco apresentou o maior crescimento percentual dentre todos os estados, saindo da 16ª colocação no ranking nacional do ensino médio para a quarta, antecipando inclusive a meta proposta pra 2015.
Fonte: EXTRA.
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