O site do jornal “O Estado de S. Paulo” lançou um especial sobre impostos que estão presentes no dia-a-dia da população. Os tributos “invisíveis”, que estão embutidos no preço final dos produtos, chegam até a enorme fatia de 93%.
A porcentagem dos diferentes tributos incidentes no preço de 25 items foram listados. A conta de luz de uma residência em São Paulo, por exemplo, é tributada por Cosip (R$ 4,21), ICMS (25%), PIS efetivo (0,92%) e Cofins efetivo (4,24%). De uma conta no valor de R$ 266,57, R$ 83,33 correspondem a impostos.
A matéria especial explica também como é realizada a tributação, para onde vão os inúmeros tributos brasileiros e os entraves para a realização de uma reforma tributária.
Eficiência na arrecadação e ineficiência na prestação de serviços
Há indicadores de que a aplicação dos impostos é pouco eficiente, é o que observa o professor Nelson Beltrame, da FIA (Fundação Instituto de Administração) para o jornal: “Existe muito espaço para aprimorar o serviço público”, afirma.
Um estudo do Movimento Brasil Eficiente, por exemplo, mostra que, entre 50 nações com um nível de gasto público per capita em saúde próximo ao que temos no Brasil, 32 têm taxa de mortalidade infantil menor do que a nossa.
Para Beltrame, a desburocratização do setor público e um “choque de gestão” possibilitariam ao Estado fazer mais com o dinheiro que já tem. Um exemplo, segundo ele, é o da Receita Federal, que aperfeiçoou seu sistema e conseguiu maior eficiência. “Nos últimos três anos, as máquinas fiscais acordaram para a necessidade de informatização e houve uma verdadeira revolução da arrecadação (de impostos). Isso poderia ser repetido em outras áreas”, sugere.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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