A Petrobras anunciou nesta quarta-feira o adiamento, do próximo dia 14 para 25, da divulgação do resultado do quarto trimestre de 2013, mas não explicou os motivos.
A notícia acentuou a queda das ações da companhia, que já estavam recuando por causa das incertezas em relação ao setor elétrico, após o apagão que atingiu 12 estados e o Distrito Federal na terça-feira. Os papéis preferenciais (sem direito a voto) fecharam em queda de 1,84% a R$ 13,83, enquanto as ordinárias perderam 2,33%, a R$ 12,97.
Principal fornecedora de gás para as usinas térmicas, a Petrobras pode ter que aumentar os gastos com importação desse combustível, o que teria impactado em suas ações.
Uma fonte próxima da estatal garantiu que a mudança da data se deve a questões de incompatibilidade de agendas dos conselheiros e do presidente do Conselho, o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Outra fonte, da área técnica, destacou que o adiamento se deu para serem feitos ajustes nos dados, já que o resultado em 2013 foi péssimo. Sem conseguir reajustar os preços de gasolina e diesel o suficiente para acabar com a defasagem em relação aos preços internacionais, a Petrobras vem enfrentando dificuldades financeiras e resultados ruins. O lucro no terceiro trimestre alcançou R$ 3,395 bilhões, queda de 45% em relação ao trimestre anterior e de 39% na comparação com igual período de 2012.
Guido Mantega considerou “um absurdo” a especulação do mercado a respeito do adiamento da apresentação do balanço da Petrobras do quarto trimestre de 2013.
— É uma questão meramente técnica. É só para que possamos ter mais tempo para ter os dados que serão apresentados na próxima reunião. É só isso.
— Nós acabamos de fazer reunião na semana passada (do Conselho de Administração da Petrobras). Não tem nem um mês de uma reunião para outra — afirmou.
Fonte: O Globo
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