Um levantamento do Ministério do Trabalho e Previdência Social apontou o fechamento de 1,5 milhões de postos formais de trabalho em 2015. A queda da atividade produtiva e as demissões são efeitos de uma série de erros do atual governo, segundo Julio Hegedus Netto, economista-chefe da Lopes Filho & Associados e especialista do Instituto Millenium. “As empresas começaram a adiar projetos de investimentos e a inflação corroeu a renda das pessoas”, pontua.
Se no começo da crise os cortes atingiram principalmente o setor automobilístico e o imobiliário, o economista afirma que agora as demissões também chegaram no setor de serviços e no comércio.
Outro indicador relevante, segundo Hegedus, é o aumento da busca por empregos, registrada pelo último levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD continua). “Entre os desempregados, 30 % são chefes de família. Agora, as famílias começam a se mobilizar para arrumar ocupação”.
Hegedus acredita que a situação deve piorar em 2016. “As projeções de mercado apontam aumento do desemprego nos próximos meses”, avisa.
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