Responsável por 18% de 3.039 redes de franchising do país em 2016, as microfranquias devem ganhar cada vez mais espaço no mercado, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF). O economista e professor de MBAs da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Mauro Rochlin, explica que as microfranquias, desenvolvidas há cerca de 10 anos nos EUA, são muito capilares e, embora possam ter escala no conjunto, demandam um ou dois operadores na execução.
O modelo de negócios é ideal para quem quer empreender com pouco capital. Em média, o investimento inicial do microfranquiado é 44 e 54 mil reais. “Esse modelo abre espaço para que pequenos empreendedores possam se unir a grupos maiores”, afirma o economista.
O professor também destaca a importância da internet e das redes sociais para o surgimento das microfranquias. Segundo ele, as redes permitem o agrupamento de consumidores e de empresas de pequeno porte, e a conjugação de diferentes tipos de trabalhos em um único serviço.
“Microfranquias se tornam possíveis na medida em que as redes viabilizam a terceirização de operações”, afirma Rochlin.
Em última instância, o professor afirma que a participação em um negócio não depende mais do controle dos meios de produção. “Você precisa deter conhecimento suficiente para mover todas as peças da operação”, conclui.
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