Faltando pouco mais de um ano para as eleições presidenciais de 2018, o panorama político e econômico do Brasil encontra-se marcado por crises e incertezas em relação ao futuro. A fim de solucionar esse quadro e recuperar o crescimento do país, o economista Fernando Veloso, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e especialista do Instituto Millenium, defende que o governo deverá focar no restabelecimento do equilíbrio macroeconômico e na implementação das reformas microeconômicas. Veloso relembra alguns dos temas tratados no livro “2022 – propostas para um Brasil melhor do ano do bicentenário” (Elsevier, 2011), coletânea organizada por Fabio Giambiagi que reúne textos de diversos economistas com projeções para o crescimento do Brasil nos próximos anos.
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O economista explica ainda como o crescimento econômico brasileiro está relacionado a um componente denominado Produtividade Total dos Fatores (PTF), que consiste em qualquer medida ou reforma que faz com que a economia produza mais com a mesma quantidade de capital físico e humano. E reforça: “Precisamos avançar no sentido de fazer reformas que criem um ambiente mais competitivo e com incentivos para que as empresas que têm potencial de crescimento efetivamente cresçam, contratem mais e expandam a sua capacidade produtiva. O Brasil ainda tem um ambiente de negócios muito desfavorável ao crescimento das empresas. O relatório “Doing Business”, do Banco Mundial, publicado anualmente, registra isso. As reformas trabalhista e tributária vão no sentido de tentar simplificar o sistema e evitar a judicialização,que cria muita insegurança jurídica. Deve-se retomar essa agenda e avançar no sentido de convergir para o nível de renda dos países mais desenvolvidos”.
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