Em outubro de 2017, o Congresso Nacional aprovou algumas mudanças nas regras eleitorais para o pleito deste ano. Assim, passou a valer um novo limite de gastos dos candidatos de acordo com o cargo pretendido; o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC); as doações virtuais e autofinanciamento; uma cláusula de barreira para acesso ao Fundo Partidário; o tempo de propaganda eleitoral, entre outras normas. A fim de facilitar a vida do eleitor, a Distrito Relações Governamentais criou o guia “As eleições gerais do Brasil em 2018”, onde, de forma simples e objetiva, explica as novas regras da reforma política. Inicialmente, o documento foi liberado apenas para os clientes da Distrito, mas acabaram por torná-lo público em versões português e inglês.
Para conhecer melhor o projeto, o instituto Millenium conversou com Danilo Gennari de Souza, diretor e fundador da consultoria governamental. Para ele, é extremamente importante que os cidadãos acompanhem e entendam bem esse novo processo eleitoral, uma vez que a participação de cada um é indispensável para o futuro do país:
“A nossa ideia é apresentar um pouco de como está sendo esse processo eleitoral no Brasil, principalmente porque esta é uma eleição com novas regras e muitas incertezas. E quanto maior é a incerteza do processo, maior também é a incerteza dos agentes e cidadãos. Com o guia, mostramos um pouco mais do processo eleitoral, quais são as condicionantes que circulam essa eleição e o que está diferente. Nossas regras eleitorais são muito complexas e passaram por mudanças recentes e o guia tenta identificar como essas mudanças vão impactar no processo eleitoral como um todo”, diz. Ouça a entrevista completa abaixo!
Além da pouca previsibilidade destas eleições, outro desafio está em aproximar os eleitores das campanhas políticas. O sistema eleitoral complexo, as novas regras da reforma política e a diminuição do tempo das campanhas, afastam ainda mais o interesse da população. O brasileiro está descrente e apático perante o processo político, e assim, essa eleição corre o risco de ter o menor engajamento da história, destaca Danilo:
“Democracia é a possibilidade da sociedade participar do processo político por meio das eleições. Quanto menor a participação, menor a legitimidade ou a força dessa democracia. Tentar fazer com que a população se interesse e entenda que a escolha dela é importante para o futuro do país é um enorme desafio. Infelizmente, o voto de protesto ou a não participação só tende a consolidar o sistema político que está aí. Então, se queremos mudanças, precisamos participar”.