A presidente Dilma Rousseff assinou um decreto que oficializa a transferência para Brasília das políticas de livro e leitura, que eram atribuição da Fundação Biblioteca Nacional, no Rio.
A mudança tinha sido iniciada em abril do ano passado, pela ministra da Cultura, Marta Suplicy. Marta havia convidado José Castilho Marques Neto, presidente da Editora Unesp, para reassumir o cargo de secretário-executivo do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL). Ele havia deixado o cargo em 2011 como protesto pela transferência das políticas para o Rio de Janeiro.
– A mudança (para Brasília) é uma consolidação de uma decisão político-administrativa que retoma a ideia de que a política pública na área da Cultura e da leitura deve ser exercida pelo Ministério da Cultura, e não por outras áreas – disse José Castilho.
As políticas de livro e leitura – que incluem modernização de bibliotecas e divulgação de autores brasileiros no exterior – estavam na Biblioteca Nacional desde junho de 2012, por determinação da ex-ministra Ana de Hollanda, que nomeou Galeno Amorim presidente da FBN. Antes, os trabalhos eram divididos entre o MinC e a FBN.
A gestão de Amorim foi marcada por conflitos com funcionários, que acusavam o ex-presidente de negligenciar graves problemas estruturais da biblioteca. A crise culminou na demissão de Amorim.
O relatório de gestão também mostrou que a mudança para o Rio causou problemas. A Diretoria de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB) não tinha espaço físico para trabalhar. Seus 80 funcionários ficavam espalhados por várias unidades da FBN.
A mudança ainda deve levar para Brasília unidades que sempre foram atribuição da Biblioteca Nacional, como o Programa Nacional de Incentivo à Leitura (Proler) e o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas.
Fonte: O Globo
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