O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou, nos últimos anos, irregularidades em dezenas de obras públicas, o que levou à interrupção de diversas delas. Ao cumprir sua tarefa, o órgão tem irritado muitas autoridades.
Uma das ideias defendidas pelos inimigos do TCU é a de que uma longa paralisação pode também ser lesiva ao interesse comum. Eleita na última quarta-feira, 21 de setembro, para uma vaga no TCU, a pernambucana Ana Arraes revelou estar de acordo com esse pensamento: “A paralisação de obras às vezes sai mais cara”.
As declarações de Arraes preocupam. Nos últimos três anos, o TCU fiscalizou, em média, duas centenas de obras. Em 2010, apontou irregularidades graves e mandou parar 32 das 231 obras fiscalizadas – 13,8% do total. Entre elas estão obras do PAC e da Copa, como a reforma do Aeroporto de Guarulhos.
O Tribunal de Contas da União é um órgão auxiliar do Poder Legislativo. Ele é composto por nove ministros, dos quais seis são indicados pelo Congresso Nacional e três pelo presidente da República. Além do prestígio político, os benefícios são apetitosos e dão ideia do motivo que levou oito pessoas a concorrer com afinco à vaga conquistada por Ana Arraes.
As informações são da revista “Veja”.
Às vezes eu penso que a única saída para o Brasil é o aeroporto.
É inevitável nestes nosso tempo de interferencia do governo nos negócios que o TCU tenha sua finalidade deturpada. A raiz do mal repousa no ato de conceder ao governo ou estado tarefas que pertencem a esfera da iniciativa privada e que por ela é melhor executada, mesmo porque ao governo cabe apenas a produção da segurança. Conceder ao estado ou governo tais iniciativas é como fornecer um incentivo para a corrupção e a queima de capital que arrncam sob a forma de imposto dos seus cidadãos.