Estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra o quanto as empresas brasileiras são prejudicadas por terem de arcar com a elevada carga tributária e ainda sofrerem com o descompasso entre o prazo do recolhimento do imposto e o período em que vão receber por suas vendas.
A pesquisa revela que 41% das companhias obtêm o valor da comercialização de seus produtos após 45 dias. A CNI aponta que esse é mais um fator de perda de competitividade das fabricantes nacionais frente aos produtos importados. O motivo é simples: esse descasamento de prazos gera alto custo financeiro porque afeta o fluxo de caixa.
Entre os tributos, o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é o que mais prejudica as empresas, pois o tempo para o recolhimento desse imposto é um dos menores.
O levantamento mostra que para 60,3% dos empresários entrevistados os impostos pagos consomem mais de 20% do faturamento. Na avaliação por porte da companhia, o impacto é maior nas de médio porte. Em 63,1% delas, os tributos recolhidos superam 20% do faturamento. No caso das empresas de pequeno e grande portes, esse percentual cai para 59,1% e 57,7%, respectivamente.
O presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, João Elói Olenike, explica que: “Ao pedir (o imposto) antes que recebam o valor das vendas, o governo está descapitalizando as empresas, que têm de pagar juros e, com isso, reduzem seus lucros; se lucrassem mais, pagariam mais em tributos.”
Olenike considera que mudar essa realidade seria importante, que já ajudaria as empresas, mesmo sem a redução da carga tributária. “É uma questão de política de administração pública, de gerir melhor os recursos”, afirma.
Fonte: CNI, IBPT e Diário do Grande ABC
No site do Instituto Millenium, veja o vídeo em que o economista Paulo Rabello de Castro apresentou propostas do Movimento Brasil Eficiente, entre elas, a reforma fiscal, na Comissão Geral da Câmara
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