Enquanto a campanha à Presidência não começa oficialmente, pré-candidatos usam as redes sociais para marcar território. Faltam, no entanto, propostas para temas-chave como segurança, habitação e desemprego, diz um levantamento feito pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas da FGV (DAPP/FGV) a pedido do GLOBO. Os pesquisadores acompanharam os perfis de 13 políticos no Twitter e no Facebook entre 1º de abril e 9 de maio.
Outra conclusão é que, ao menos no último mês, os concorrentes não citam uns aos outros. A exceção é o ex-presidente Lula (PT), com 79% das citações pró e contra.
Sobre desafios nacionais, Álvaro Dias (Podemos) foi o que mais falou sobre economia (dez citações das 23 feitas pelos candidatos). Manuela D’Ávila (PCdoB) foi a única que falou sobre educação (quatro tuítes) e Guilherme Boulos (PSOL) fez mais menções à segurança (três).
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— O nível da discussão ainda está raso. Mas os candidatos vão ser chamados a falar de propostas — diz Marco Ruediger, diretor do DAPP.
O pesquisador da FGV avalia que Bolsonaro (PSL) e Álvaro Dias conseguem aproveitar discussões do dia em seus perfis, enquanto Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PTB) patinam nesse item. Já Manuela, Boulos e Lula têm insistido em defender o petista.
Ruediger prevê que a temperatura deve subir quando terminar a Copa do Mundo.
— Após a final começa a campanha pesada. Quem for melhor nas redes sociais, vai chegar mais forte em outubro — analisa.
Fonte: “O Globo”