Os preços do petróleo subiam nesta segunda-feira (5), impulsionados por comentários de médicos do presidente norte-americano Donald Trump de que ele pode ter alta do hospital ainda nesta segunda-feira, poucos dias após ter testado positivo para o coronavírus.
O petróleo Brent subia 1,45 dólar, ou 3,69%, a US$ 40,72 por barril, às 8h04 (horário de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos avançava 1,54 dólar, ou 4,16%, a US$ 38,59 por barril.
“É improvável que esta onda de força tenha pernas para suportar a pilha crescente de incertezas. Afinal, o mercado de petróleo está preso em um ciclo interminável de incertezas”, disse Stephen Brennock, da corretora de petróleo PVM.
Os preços caíram mais de 4% na sexta-feira, após o diagnóstico de Trump. No entanto, ele fez uma aparição surpresa no domingo em uma carreata fora do hospital onde está sendo tratado, o que ajudou a melhorar o sentimento do mercado.
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De acordo com seus médicos, ele pode receber alta do hospital nesta segunda-feira.
O petróleo também foi apoiado por uma crescente greve de trabalhadores na Noruega. A gigante Equinor fechou quatro de seus campos offshore de petróleo e gás nesta segunda-feira enquanto trabalhadores expandiam sua greve, disse um porta-voz da empresa à Reuters.
Dois outros campos operados por Neptune Energy e Wintershall Dea também devem enfrentar paralisações nesta segunda-feira por causa da greve, disse a Associação Norueguesa de Petróleo e Gás (NOG).
A redução na produção norueguesa foi equilibrada principalmente pelo aumento da produção na Líbia, disseram analistas.
A produção de petróleo da Líbia aumentou cerca de 20.000 barris por dia (bpd) em relação à semana passada, para 290.000 bpd com o aumento das exportações, disse uma fonte do setor de petróleo da Líbia à Reuters nesta segunda-feira, sob condição de anonimato.
Fonte: “G1”, 05/10/2020
Foto: REUTERS/Brendan McDermid