Já que teremos em breve novo Presidente da República, seria bom que apreciássemos certas qualidades que devem ser inerentes ao chefe do Executivo de nação moderna e do porte do Brasil. Procurarei definir, salvo erros, alguns pontos que julgo básicos para o sucesso de uma presidência e, principalmente, as facetas da personalidade que devem constituir a marca do bom Presidente.
Em primeiro lugar, o presidente há de possuir indiscutível capacidade de liderança. Esta liderança, que é uma qualidade nata, torna-se absolutamente necessária para que o presidente possa convencer o país, que o conduz com mão segura e firme. Ela é imprescindível para fazer com que o estamento burocrático siga os rumos que devem nortear seu Governo. Em suma, fazer a máquina administrativa curvar-se às regras do Estado.
Outro ponto relevante é ter o presidente aptidão executiva. Isto é fundamental pois, afinal ele será o Chefe do Poder Executivo. Mas, muitos confundem aptidão executiva com quantidade de trabalho executado. Os bons executivos se orgulham de ter, sempre, suas mesas de trabalho limpas e de não levarem trabalho para casa. Isto porque sabem distribuir suas tarefas, delegar responsabilidades. É necessário, antes de tudo, que o presidente da república venha presidir a nação e não administrá-la. E, presidir bem uma nação é antes de mais nada escolher uma boa equipe para poder delegar. É orientar. É mais do que fazer: decidir.
Menciono agora uma qualidade que, embora a alguns possa parecer secundária, é das mais importantes para o sucesso da missão presidencial: o poder de comunicação com o povo, com todos aqueles que constituem os vários segmentos da sociedade. Guardados os comedimentos inerentes ao cargo, é vital para seu sucesso que saia do círculo de ferro palaciano e vá auscultar a opinião dos homens livres e descompromissados. É preciso que os traga, periodicamente à sua presença, para o debate franco das alternativas que interessam à nacionalidade Assim ele se comunica com a Nação. Assim se liberta da mediocridade áulica que ronda os poderosos.
Mais um ponto de grande transcendência: profundo respeito às leis e à Constituição do país. Esta a formação que se deseja de um Presidente. Aí avulta a necessidade de ele compreender que o absoluto acatamento às decisões do Judiciário é vital para sobrevivência do regime democrático. Um Judiciário independente, livre, que possa decidir sem constrangimentos, serve de dique contra todos atentados aos direitos humanos. O Presidente da República, Primeiro Magistrado do país, deve estar convencido que o respeito aos direitos dos cidadãos devidamente codificados nas leis, constitui garantia básica da paz de uma nação. Devemos recordar a célebre frase de Juarez, herói mexicano, gravada em seu monumento: “A paz é o respeito ao direito alheio”.
Resumindo: liderança, capacidade executiva, poder de comunicação, respeito sagrado às leis, são, entre outros, os requisitos para o exercício eficaz da Presidência da República. È o que esperamos da Senhora Dilma Roussef, eleita Presidente da Republica.
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