O presidente da Venezuela Nicolás Maduro declarou estado de emergência por 60 dias. A decisão, diz o governo, foi tomada para proteger a presidência de conspirações dentro do país e também nos Estados Unidos para derrubar seu governo de esquerda.
A medida foi anunciada durante uma transmissão pela televisão estatal nessa sexta-feira (13). Maduro não deu detalhes sobre a ação. Em janeiro deste ano, o presidente já havia declarado “estado de emergência econômica” em todo o território. O decreto permitiria ao Executivo importar bens com mais facilidade, ignorar trâmites cambiais e usar infraestrutura produtiva, como meios de transporte, canais de distribuição e matadouros, de pessoas física e jurídica. O governo também poderia fazer compras com mais agilidade, sem passar por modalidades de contratação pública. Tudo isso a título de garantir o abastecimento de materiais básicos à população.
O país vive uma forte crise, que vem se agravando devido à falta de alimentos e medicamentos. A população enfrenta frequentes cortes de energia, saques esporádicos e inflação desenfreada. De olho na situação, a oposição vem tentando derrubar o líder impopular.
Nessa sexta-feira, oficiais da inteligência americana relataram à imprensa local que estavam cada vez mais preocupados com um potencial colapso econômico e político na Venezuela e previram que é provável que Maduro não termine seu mandato.
Maduro acusa os Estados Unidos de promover um golpe disfarçado contra ele e apontou para o impeachment da presidente Dilma Rousseff como um sinal de que ele será o próximo. “Washington está tomando medidas a pedido da direita fascista da Venezuela, que está encorajada pelo golpe no Brasil”, afirmou o presidente.
O Partido Socialista da Venezuela tem sido um forte aliado do PT. A saída de Dilma agrava o isolamento de Maduro na América Latina.
Fonte: “Época”.
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