Bruno Zanetti construiu, ainda jovem, uma carreira bem-sucedida como executivo. Chegou a ocupar o posto de presidente-executivo da iGUi, empresa especializada na venda de piscinas.
No entanto, sua vida pessoal não ia tão bem. “Não acompanhei os primeiros anos da minha filha e pensei que pudesse ter um ataque cardíaco. Ia para o pronto socorro praticamente uma vez por semana”, diz.
O estresse e a vontade de estar mais próximo da sua família fizeram com que Zanetti trocasse as piscinas pelo mercado da alimentação. Em 2015, aos 30 anos, fundou a Mordidela, rede especializada na venda de salgadinhos e lanches rápidos.
A primeira unidade da Mordidela foi aberta em São José do Rio Preto (SP). No total, R$ 70 mil foram investidos para tirar o negócio do papel.
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Na época, Zanetti e sua sócia na empreitada – a psicóloga Estefânia Garutti, também esposa do empresário – decidiram apostar em um produto que não fosse afetado por crises. “Pensamos em um produto ‘anticrise’, que fosse muito consumido pelas pessoas”, diz.
Com o passar do tempo, o cardápio da empresa se expandiu. Além das coxinhas, bolinhos, batatas fritas e quibes, as unidades da Mordidela vendem sanduíches e “crepiocas”, prato que é uma mistura entre o crepe e a tapioca. Uma refeição completa, com bebida e sobremesa, sai em média por R$15.
O foco de Zanetti, desde o princípio, era fazer a expansão da rede pelo sistema de franquias. “Na iGUi, minha especialidade era aumentar o número de unidades. Por isso, lançamos a Mordidela com toda a formatação necessária para o franchising.”
Em apenas quatro meses, a Mordidela chegou a 10 unidades. Hoje, são 130 unidades em 22 estados brasileiros. Em 2017, a rede faturou R$ 55 milhões por ano.
De acordo com Zanetti, o trabalho na Mordidela continua sendo intenso. Entretanto, a nova vida do empresário é mais equilibrada. “Agora, apesar de trabalhar bastante, consigo ter mais tempo para a minha família”, diz.
Fonte: “Pequenas Empresas & Grandes Negócios”