A Grécia costuma ser uma referência negativa quando o tema é a previdência social. Os gregos, com uma das maiores proporções de idosos na população entre os países europeus, mantiveram benefícios generosos aos aposentados por décadas. Até que, em 2008, após a crise mundial, o país passou a fazer um ajuste fiscal que já levou a seis reformas previdenciárias e à redução do valor das aposentadorias.
É um possível destino para o Brasil? Um estudo do economista Pedro Nery, consultor do Senado, mostra que o Brasil vai demorar 25 anos para atingir a proporção grega de 3,2 pessoas no mercado de trabalho para cada aposentado (hoje estamos em 7 x 1). Mas o Brasil já tem um nível de gasto previdenciário em relação ao produto interno bruto próximo ao grego no início da crise e sustenta um sistema mais generoso. “O Brasil precisa de uma reforma para escapar do cenário grego”, diz Nery.
Fonte: “Exame”, 28/07/2017
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