A 13ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH), empresa de recrutamento especializado, aponta que todas as categorias de profissionais entrevistados – empregados, desempregados e recrutadores – retornaram para o campo do otimismo, ou seja, acima dos 50 pontos, quando consideram o cenário do mercado de trabalho nos próximos seis meses.
Com relação ao momento atual, o nível de confiança consolidado é de 30,2, porém, acima dos 25,2 registrados em maio. Veja abaixo:
Motivação é desafio
O ICRH destacou que, neste período de pandemia, manter a equipe motivada tem sido o principal desafio de 71% dos gestores entrevistados.
“No meu entender, essa deve ser uma preocupação constante dos gestores, independentemente do momento. Um primeiro passo pode ser dado com alguma ação para compreender as necessidades e o perfil de cada colaborador do grupo. Pode ser por meio de uma conversa entre líder e liderado ou de metodologias do RH”, indica Mantovani.
Saúde emocional é maior preocupação
Para 43% dos líderes entrevistados, a saúde mental dos colaboradores é a maior preocupação diante do prolongamento da pandemia. A preocupação faz sentido. Afinal, cada profissional está enfrentando cenários específicos no home office.
“Para cuidar do bem-estar emocional dos colaboradores, algumas empresas têm oferecido aconselhamento confidencial ou ações de desenvolvimento emocional. Porém, apenas o fato de o gestor dessa pessoa se mostrar mais próximo e humano também auxilia nesse acolhimento em um momento tão delicado quanto o que estamos vivendo”, diz Mantovani.
Flexibilidade do home office é valorizada
Quase metade (48%) dos profissionais entrevistados para a 13ª edição do ICRH disseram que têm valorizado a flexibilidade na escolha de uma vaga. Na sondagem de janeiro, esse percentual era de 36%.
“Apesar de reconhecer os benefícios do home office, minha percepção é de que ainda seja cedo para adotarmos esse modelo de trabalho como definitivo. Estamos em um período de transição e é preciso avaliar os riscos de uma mudança radical permanente durante um cenário instável como o atual”, alerta Mantovani.
Desemprego entre profissionais qualificados é menor
Conforme aponta a 13ª edição do ICRH, historicamente, o índice de desemprego entre os profissionais qualificados – aqueles com idade igual ou superior a 25 anos e formação superior completa – é significativamente inferior em relação à população geral, mesmo diante do desaquecimento do mercado. No segundo trimestre de 2020, por exemplo, enquanto a desocupação na população geral era de 13,3%, o universo de qualificados desempregados era de 5,8%.
O Índice de Confiança Robert Half (ICRH) é um indicador de difusão que varia de 0 a 100 e é resultado de uma sondagem entre os dias 11 e 27 de agosto com base na percepção de 1.161 profissionais, igualmente divididos em três categorias: recrutadores (profissionais responsáveis por recrutamento nas empresas ou que têm participação no preenchimento das vagas); e profissionais qualificados empregados e desempregados (com 25 anos de idade ou mais e formação superior).
Fonte: “G1”, 18/9/2020
Foto: Divulgação