Posições arcaicas de certos políticos brasileiros, como a divisão “esquerda” e “direita”, andam meio desmoralizadas, resolveram criar a separação: “progressistas” e “conservadores”. Coisa, alias, não muito nova no Brasil. Lá pelos idos de 1861, no Império, apareceu a Liga Progressista para abrigar conservadores moderados. Mas, aqueles eram progressistas mesmo, como assinalava Nabuco de Araújo. E os de hoje? Por incrível que pareça, nossos atuais progressistas defendem as idéias mais ultrapassadas da atualidade. Senão vejamos: quem ferozmente apoia a estatização e a maior interferência do Estado? Os “progressistas” brasileiros. Quem procura ampliar e estatizar cada vez mais os benefícios sociais , à custa dos contribuintes, transformando o Brasil em um welfare state? Os “progressistas”. E isto quando todos países modernos procuram servir-se de instituições como fundos de pensões privados, grupos de assistência médica privados etc, para ajudar seus cidadãos, neste particular.
Na questão da reforma agrária não é só dividir terras. É preciso que se dê assistência aos que nela vão trabalhar. Reforma agrária é apenas parte de uma política agrícola que, leve em conta não só o problema da terra, mas o crédito, as sementes ,os insumos e o ferramental adequado aos agricultores. Distribuir terras sem pensar nisto é transformar o Brasil numa imensa fazenda coletiva, sem direção. No entanto os “progressistas” apóiam entusiasticamente o “MST” que só pensa em ocupar e destruir fazendas. Como fez o Senhor Lula da Silva que vestiu o boné do MST.
Perguntamos aos senhores “progressistas”: onde está a modernização do Judiciário? Como pode haver democracia sem justiça barata, rápida e eficiente ao alcance de todos? O cidadão comum não está interessado no numero de tribunais, nos Conselhos disto e daquilo. O que o cidadão comum quer é entrar na sala do Juiz, reclamar contra a injustiça sofrida e, ver seu caso resolvido. Mas, disto os senhores “progressistas” nem pensam. A Justiça brasileira continua fora do alcance dos menos favorecidos.
Onde está o voto distrital que permite vincular o deputado ao seu eleitor? Será que a Inglaterra, Estados Unidos, Alemanha e a maioria das nações adiantadas que adotam este sistema estão erradas? Como pode haver correta vinculação eleitor representante sem voto distrital?
Ideias progressistas são necessárias para que verdadeiras reformas sejam implantadas. Mas, no Brasil, os chamados “progressistas” estão confundindo progresso com estatização, progresso com corporativismo sindical, em vez de liberdade sindical, e progresso com xenofobia. Haja paciência com tanta estultice…
O mundo está passando por momentos difíceis, com países com economia em frangalhos. Mas esta situação que, se deve mais a procedimentos errados de governos e cobiça de alguns empresários, não justifica tendências estatizantes, como alguns “progressistas” estão defendendo. O progresso só se alcança com trabalho e honestidade, fazendo as mudanças necessárias. Como bem disse Alfred Whitehead, filosofo inglês: “A arte do progresso é preservar a ordem mantendo a mudança e, preservar a mudança mantendo a ordem”
Os nossos “progressistas” ainda vivem no pré-1917.
Sinto em lhes tirar o sossêgo, mas preciso contar um segredo: o Muro de Berlin caiu! E já há décadas! É sério, não é uma invenção da C.I.A, creiam.
O autor, critica, é certo, o “progressismo” das esquerdas.
O problema do Brasil não é apenas a esquerda, esta que não tem receios em se declarar como tal.
No Brasil, sejam os “liberais” ou “conservadores”, todos querem um Estado “desenvolvimentista”; todos querem o Estado dizendo ao cidadão o que lhe é permitido consumir; todos querem o Estado “protegendo” a saúde do cidadão, pouco importa se para isso se deva PROIBIR o consumo até de tabaco em bares e restaurantes PRIVADOS.
Não vamos muito longe: aqui mesmo, no Millenium, 90% dos articulistas se autodenominam “liberais”, quando em países como EUA seriam enquadrados como “socialistas”. A Oposição, com seu discurso em defesa da Igreja e do Estado, sejamos sinceros, não venceu as últimas eleições pelo simples fato de que a Sociedade não enxergou nela nada de liberal, mas mais arcaica que o próprio petismo.
Tenho medo do Brasil!
Meu caro José Celso:
Vejo que você não perdeu a mão. Digo isso porque faz tempo que eu não lia nada seu.
Talvez você não se lembre de mim – estivemos juntos uma vez aqui em minha casa quando minha mãe era viva. Eu sou aquele sujeito que lhe perguntou o que deveria ler para entender mais sobre a história do Brasil, coisa que você domina como poucos. Lembro até que você falou em Varnhagem, que acabei lendo alguma coisa. Faz anos.
Com licença, mas vou publicar seu artigo em meu blog, até porque eu não aguento mais a história desses mequetrefes do poder se intitularem como “progressistas”.
Um abraço.