Secretarias de Educação de todo o país estão adquirindo netbooks do programa Um Computador por Aluno (UCA), ainda sob avaliação governo federal, antes de capacitar seus professores. Segundo pesquisadores do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a falta de preparo dos docentes é uma barreira para o sucesso do programa. O governo já distribuiu 150 mil computadores a 300 escolas.
Professores de seis municípios que integram o projeto-piloto dizem que os computadores estão chegando nas escolas sem indicação de como devem ser usados didaticamente. De acordo como o Sindicato dos Profissionais em Educação de Maricá, município que usou os royalties do petróleo para comprar o equipamento, a ação do governo é uma inversão de prioridades. “É mais importante investir na base, abrir mais vagas, suprir a carência de professores e valorizar os profissionais”, avalia o diretor de imprensa do sindicato, Luciano Vasconcelos.
O coordenador de Tecnologia do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, que gerencia o UCA, Mauro Moura diz que os efeitos concretos serão notados a longo prazo. “Pode levar até cinco anos para conseguirmos provar se aquela ferramenta melhorou a capacidade de aprendizagem”.
Fonte: O Estado de São Paulo, 14/10/2011.
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