“Uma gota de sangue é um libelo contra o racismo e as leis raciais. Conta de vários ângulos histórias macabras produzidas pelo mito da raça.” (Yvonne Maggie, antropóloga)
“Com erudição e perspicácia, Magnoli investiga as entranhas de diversas manifestações de multiculturalismo e de ação afirmativa, argumentando que são herdeiras das políticas de segregação racial.” (Peter fry, antropólogo)
“Em prol da destruição do racismo, é preciso destruir crença em raças. Para isso precisamos conhecer a história. O autor cumpre outro dever: nos alerta de que o perigo é iminente e real.” (José Roberto Militão, advogado)
O decreto nº 43.007, assinado no dia 6 de junho deste ano pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, determina a reserva de 20% das vagas em concursos públicos para negros e índios. Em âmbito nacional, a Lei 10.558/2002 determina a criação de políticas de acesso ao ensino superior para afrodescendentes. O Supremo Tribunal Federal, em breve, vai apreciar a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 186, ajuizada pela advogada Roberta Kaufmann, que questiona a constitucionalidade da aplicação do sistema de cotas na Universidade de Brasília (UnB).
A questão é polêmica e o Instituto Millenium quer saber qual é a sua opinião. Escreva um comentário de até 500 caracteres sobre as cotas raciais e sua relação com a Constituição e com um valor essencial, a meritocracia. Os autores dos três melhores comentários ganharão um exemplar do livro “Uma gota de sangue – História do pensamento racial“, do sociólogo e doutor em geografia humana, Demétrio Magnoli. A promoção vai até dia 17 de junho.
Clique aqui e confira a participação de Demétrio Magnoli no programa “Roda Viva”, da TV Brasil, sobre racismo e preconceito.
Partimos do Art. 5º da CF, que diz sermos todos iguais perante a lei, sem qualquer distinção – incluindo as de raça. Os defensores das cotas reproduziriam Ruy Barbosa com: “Tratar com desigualdade a iguais, ou a desiguais com igualdade, seria desigualdade flagrante, e não igualdade real”.
Ainda sim, este posicionamento faz parte do pensamento geral de construção da igualdade de oportunidades. As cotas raciais nos concursos públicos busca igualar os resultados e exclui qualquer meritocracia.
Sou contra a distribuição de cotas, pois ela acaba agrava a situação da discriminação, pois acentua essa situação. Esse não deve ser o primeiro passo, pois dessa forma apenas se estimula que as pessoas façam parte de “minorias” e não busquem seus objetivos. É preciso um olhar macro, voltado a melhoria da base do ensino, e não somente sair distribuindo cotas como medida populista e irresponsável como esta. O preconceito existe sim, mas medidas com essa apenas agravarão o problema em longo…
Não podemos corrigir uma injustiça cometendo outra. Eu sou negro e sei que minha raça sofreu muito, mas não é praticando essa desonestidade intelectual que é a defesa desse sistema. Devemos exigir do governo a igualdade de oportunidade de ensino. Se fala muito em preconceito, mas não pode haver preconceito maior do que não achar que um negro não pode superar um branco em condições iguais. Isso só cria uma luta de raças que não interessa a ninguém a não ser os demagogos qua a utilizam na politica
A meritocracia e o seu correlato sistema universal de educação ainda não são um padrão no país. Nossa burocracia nutre seu fisiologismo e todos os demais “ismos” de nosso atraso republicano na perpetuidade dessa verdade. A velha prática de fatiar o Estado segundo a pressão política da hora é o nosso “dejà vu” nacional. Nele, a politicagem exterminadora de dívidas sociais valida a sutil lógica de que “se e somente se” será combatido o racismo sepultando o mérito e o Estado Democrático de Direito.
Se hoje estamos evidenciando as cotas nos setores público.e porque o artigo 5 da constituição não está sendo práticado.
As cotas são medidas emergencias para poder corrigir um passado que o Estado brasileiro não fez.
A luta por igualdade não é somente os negros que querem,mas,os sedentos por justiça.
Cotas raciais servem à causa (supostamente) combatida: discriminar, separar, distinguir e, portanto, admitir que há raças diferentes, e que tais diferenças são notáveis e persistentes o suficiente ao ponto de merecer políticas que as definam e regulamentem. E isso é, enfim, racismo.
Cotas são um dos piores tipos de coletivismo, pois afirma em seu núcleo que determinadas pessoas de um grupo são inferiores a outro devido a sua carga genética, o que é um completo contracenso de acordo com as últimas descobertas científicas.
A adoção de cotas raciais fomenta no Brasil o retorno à questão da raça e da divisão inter-étnica no país. Logo o Brasil, que teve com Gilberto Freyre a valorização do elemento negro, mas sem esquecer da perene importância do português e do índio, engendra numa discussão racial que se articula com posicionamentos de movimentos sociais sedentos por poder. Adotar cotas embasadas no critério da raça, estraçalha a meritocracia e camufla o verdadeiro problema nacional: o descaso com a educação.
Sou a favor apenas do critério financeiro, independentemente da questão racial. Falar em raças humanas já faz pouco sentido em países onde elas não se misturam; quanto mais no Brasil, onde somos todos misturados. A “dívida social” deveria se dirigir a favor de classes sociais desfavorecidas, o que já é feito de certa forma nos financiamentos estudantis ao estilo do ProUni, mas não a favor de supostas raças. Raças humanas que não possuem os mínimos requisitos capazes de estabelecer sua…
Sou contra a distribuição de cotas, pois ela acaba agrava a situação da discriminação, pois acentua essa situação. Esse não deve ser o primeiro passo, pois dessa forma apenas se estimula que as pessoas façam parte de “minorias” e não busquem seus objetivos. É preciso um olhar macro, voltado a melhoria da base do ensino, e não somente sair distribuindo cotas como medida populista e irresponsável como esta. O preconceito existe sim, mas medidas com essa apenas agravarão o problema em longo prazo.
O artigo 37, parágrafo II do Capítulo VII da Constituição Federal do Brasil, nos fala acerca da investidura em cargos e empregos públicos. Não somente isso, pois o artigo ainda nos adverte sobre a entrada em cargos públicos mediante concurso Meritocrático. Visto isso, não seria prudente, e que o busquem os desavisados, empregar cotas, já que estas, por burlarem a meritocracia, tornam-se inconstitucionais. Pois, como mostrado no artigo, não se deve ter distinção ao ingresso no setor público.
Convenhamos: há que se defender as – autonomeadas – minorias dos riscos de seus próprios méritos. Cotas raciais servem à causa (alegadamente) combatida: discriminar, separar, distinguir e, portanto, admitir que há raças diferentes, e que tais diferenças são notáveis e persistentes o suficiente ao ponto de merecer políticas que as definam e regulamentem. E isso é, enfim, racismo.
Um dos valores supremos da Constituição Federal brasileira e de qualquer país que carregue em sua história as virtudes da cultura ocidental é a igualdade formal. Isto é, como posto no art. 5° do Texto Constitucional, todos somos iguais perante a lei. Logo, a desigualdade natural não pode ser combatida com uma desigualdade artificial produzida por homens com “boas intenções”. Ao contrário, é mister fomentar medidas que liberem a meritocracia das amarras do pensamento paternalista de cunho…
Sou contra as cotas porque entendo que a questão não foi devidamente debatida com a sociedade, a proposta tem mais um cunho ideológico do que social; não vai contribuir para a construção de um projeto de nação; na projeção do tempo vai gerar o ódio racial que não temos no Brasil, embora tenhamos preconceito e racismo; não há qualquer indício de políticas universais sérias, principalmente no ensino básico, que possam colocar todos em igualdade de condições.
Se a Constituição Federal afirma que somos todos iguais perante a lei, é inaceitável que se crie “grupos especiais de cidadãos” que obtêm privilégios em função da cor. Vejo a lei de cotas raciais como um retrocesso, pois é uma lei preconceituosa, que enxerga o negro como um cidadão incapaz de disputar seu espaço numa universidade e no mercado de trabalho pelo seu próprio esforço e mérito. E ainda retrocedemos com relação ao entendimento de que somos todos pertencentes à uma única raça: humana.
O ministro do STF,Luis Fux,disse em dertminado momento que tem de haver mecanismo para que os desiguais sejam tratatodos como iguais.
A lei de cotas não fere o artigo 5 da constituição.Se for ver pelo lado prático podemos argumentar que aquieles que possui curso superior fere a lei,pois quando comete alçgum delito eles são presos em celas especiais,separado dos demais.Isso é direito de igualdade? Outra,um politico que são julgados por um tribunal especial,sem juri popular.Por quê ?
Sou contra cotas para qualquer segmento da sociedade à guisa de reparação por discriminações passadas ou presentes. Cotas rebaixam o ensino, ou qualquer outra instância onde se estabeleçam, rebaixam os cotistas, e discriminam os que, por azar, não se encaixam no protótipo do “discriminado” da hora. Também destroem o conceito de igualdade e de ascensão social por mérito. Em suma, corroem a democracia.
Quem quer justiça social de fato investe em educação de qualidade para todos e não em cotas.
Rebaixar os cotistas? Vão nas universidades onde as cotas estam sendo adotadas e perguntem os reitores o que mudou nessas instituiçoes depois da entrada dos cotistas.
Todos voces tem direito de ser contra,mas,percebo uma total ignorancia quanto ao assunto.Parece que não tem trabalho de aprofundar o debate e ficam nas mesmises,dizendo que as cotas vão criar uma divisão no país,o país já está dividido há tempos mesmo sem cotas.
O debate é valido,porém perder o valor com as mentiras.