Depois de revelar estabilidade para a inflação nas planilhas dos analistas para este ano, na semana passada, o relatório de mercado Focus publicado nesta segunda-feira, 23 de setembro, pelo Banco Central mostrou um leve ajuste para baixo. A mediana para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor amplo (IPCA) de 2013 passou de 5,82% para 5,81%. Há quatro semanas estava em 5,80%.
Já para 2014, a mediana das previsões para a inflação subiu mais uma vez, agora de 5,90% para 5,96%. A taxa vista um mês atrás era de 5,84%.
A Focus revelou também que o momento é de ajuste para a trajetória dos preços no médio prazo, já que, no caso da mediana das estimativas suavizadas à frente para a inflação acumulada em 12 meses, houve uma leve desaceleração de 6,21% para 6,20%. Há quatro semanas, estava em 6,08%.
Para o curto prazo, foi a maior mudança vista no IPCA. A mediana das projeções para o índice de setembro passou de 0,45%, patamar em que se encontrava também há um mês, para 0,35%. No caso da mediana das estimativas para o índice em outubro, houve praticamente manutenção da taxa, que subiu de 0,55% para 0,56% ante o porcentual de 0,53% registrado quatro semanas antes.
Já entre os profissionais que mais acertam as previsões para o médio prazo, o grupo denominado pelo BC de Top 5, o IPCA de 2013 deverá ficar em 5,80% ante taxa de 5,76% vista uma semana antes – quatro semanas atrás estava em 5,57%. No caso de 2014, esse mesmo grupo não mexeu na expectativa de 6,17% para esta semana. Um mês atrás, a projeção era de 5,80%.
Juro
O relatório de mercado Focus trouxe poucas alterações para o rumo da política monetária. As expectativas do mercado financeiro para a taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 9,00% ao ano, permaneceram em 9,75% para o final deste ano. Há um mês, a expectativa era de uma variação de 9,50% ao ano no encerramento de dezembro de 2013.
No caso de 2014, a Focus revelou que a mediana das previsões para a Selic também seguiu em 9,75% ao ano, de uma semana para outra, ante taxa de 9,50% vista quatro semanas atrás.
Sem mudanças nas estimativas, foram mantidas as médias deste ano (8,34%) e de 2014 (9,75%), como já mostrava a Focus da semana anterior. Um mês antes, essas taxas estavam, respectivamente em 8,31% e 9,50% ao ano.
PIB
Apesar de mais um dado econômico positivo revelado na semana passada, o aumento do volume de vagas formais de emprego, o mercado financeiro preferiu dar uma pausa antes de seguir melhorando seu humor em relação ao resultado do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. Conforme o relatório de mercado Focus, a mediana das projeções do mercado financeiro para o crescimento do País este ano foi mantida em 2,40%. Um mês atrás, o documento trazia variação de apenas 2,20% para 2013.
Também para 2014, que vinha registrando correções semanais para baixo das previsões para a expansão do PIB, a mediana estacionou em 2,22% – quatro semanas atrás estava em 2,40%.
Apesar da estabilidade das perspectivas para o PIB, a mediana das estimativas para a produção industrial em 2013 caiu de 2,12% para 2,10% – um mês atrás estava em 2,11%. Já para 2014, houve diminuição do patamar de 2,65% para 2,50% também menor do que o verificado quatro semanas antes, de 2,90%.
Dólar
Após ter invertido na semana passada, pela primeira vez desde fevereiro, a direção do câmbio em 2013, o relatório de mercado Focus trouxe hoje mais uma descida de degrau nas previsões para o dólar no fim do ano. A mediana das estimativas para o período caiu de R$ 2,35 para R$ 2,33. Há um mês, a expectativa mediana era de uma cotação de R$ 2,32.
Para o final de 2014, as previsões para o dólar voltaram a ficaram estancadas, em R$ 2,40. Quatro semanas atrás, a mediana dessas expectativas estava em R$ 2,38.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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