Pesquisa Datafolha com 805 paulistanos mediu a popularidade dos Três Poderes da República; índice foi o menor em dez anos
A descrença nos Três Poderes da República é a maior em dez anos, segundo pesquisa Datafolha realizada com 805 paulistanos com mais de 16 anos nesta terça-feira. Em 2003, 51% dos paulistanos achavam que o Executivo (Presidência e ministérios) tinha muito prestígio. Em 2007, o percentual caiu para 31% e, atualmente, apenas para 19%.
A década analisada pela pesquisa coincide com a administração do PT no Planalto – com Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e Dilma Rousseff (de 2011 até hoje). O número de pessoas que acham que o Poder Legislativo não tem nenhum prestígio subiu de 17% para 42% em dez anos. A margem de erro da pesquisa é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos.
No caso do Poder Judiciário, a avaliação também é negativa. Em 2003, 38% acreditavam que esse poder tinha prestígio. A taxa caiu para 34% em 2007 e para 20% em 2013. Para 16%, o Judiciário não tem nenhum prestígio e, para 55%, tem pouca influência.
A descrença dos paulistanos nos partidos políticos também subiu. Em 2003, 31% da população acreditava muito nas siglas. Hoje, esse número caiu para 16%. Além disso, 44% das pessoas acreditam que os partidos não têm nenhum prestígio.
Protestos – O levantamento também abordou a onda de manifestações na cidade: 70% dos entrevistados disseram ter interesse pelos protestos. Destes, 77% são a favor e 18% se opõem. O uso da Avenida Paulista para manifestações foi aprovado por 65% das pessoas.
De maneira espontânea, 67% disseram que o motivo que levou 65.000 pessoas às ruas de São Paulo na segunda-feira foi o aumento no preço das passagens do transporte. Para 38%, a razão da marcha foi a corrupção. E 35% responderam que os protestos têm como alvo os políticos. Apenas 14% dizem acreditar que as manifestações pediam a tarifa zero dos transportes públicos coletivos.
Quando os pesquisadores perguntaram sobre as ações da polícia nos protestos, mais da metade (51%) afirmou que ela é mais violenta do que deveria, enquanto 31% acham que ela age na medida certa, e 13% acreditam que ela é menos violenta do que deveria.
Para os entrevistados, as redes sociais e a imprensa são as que mais exercem influência sobre a sociedade, com 72% e 70% respectivamente. Bem abaixo, aparecem a Igreja Católica (34%) e a Igreja Universal (32%).
Fonte: Veja.com
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