A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 116,066 bilhões em janeiro de 2013. Esse valor é recorde para qualquer mês do ano. Ele representa um crescimento de 6,59% em relação ao mesmo período em 2012.
O secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, afirmou que o bom desempenho da arrecadação em janeiro se explicou principalmente pela decisão de empresas de anteciparem o recolhimento do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) relativo ao lucro obtido em 2012.
Essas receitas somaram R$ 34,018 bilhões, com alta de nada menos que 20,33% em relação ao ano passado. O pagamento desses tributos poderia ser feito até março. Barreto disse que a decisão de antecipar o recolhimento desses tributos faz parte da estratégia de negócios de cada empresa. É comum, por exemplo, que uma pessoa jurídica decida pagar logo os tributos para não haja incidência de juros sobre os valores.
– Mas não sabemos o que levou as empresas a anteciparem a arrecadação – afirmou o secretário.
A Receita observou que a antecipação se deu principalmente no setor financeiro. As entidades financeiras recolheram um total de R$ 9,921 bilhões em IRPJ e CSLL em janeiro, o que representa um crescimento de 88,67% sobre o ano passado.
Também houve impacto do pagamento da primeira cota ou cota única do IRPJ e da CSLL relativa ao resultado apurado no último trimestre de 2012. Houve ainda o pagamento trimestral de royalties.
Em janeiro, as receitas também contaram com a ajuda do PIS/Cofins, cuja arrecadação somou R$ 22,120 bilhões no primeiro mês do ano – alta de 11,17% sobre 2012. Segundo Barreto, o bom desempenho do PIS/Cofins reflete o fato de o consumo estar elevado, uma vez que esses tributos refletem o desempenho das vendas das empresas.
Barreto afirmou ainda que o resultado recorde ainda não reflete a tendência da arrecadação do ano. Segundo ele, ainda é muito cedo para dizer como será o desempenho das receitas em 2013. De acordo com o secretário, o governo só terá uma visão mais clara do quadro depois de março.
Em janeiro de 2013, as desonerações promovidas pelo governo para estimular a economia reduziram as receitas em R$ 1,841 bilhão. Entre as medidas que impactaram a arrecadação estão a redução dos encargos sobre a folha das empresas (600 milhões) e a diminuição do IPI de automóveis (527 milhões).
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