Há divergência entre as versões aprovadas no Senado e na Câmara do projeto que prevê repasse de recursos à educação e à saúde
Brasília – O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB/RN), anunciou na tarde desta quinta-feira, 11, que o projeto que destina os recursos dos royalties do petróleo para os setores de educação e saúde voltará à pauta da Casa na próxima terça-feira, 16, como matéria principal a ser apreciada. Alves rechaçou a possibilidade de o projeto ser analisado só em agosto, no retorno do recesso parlamentar.
“Não há nenhuma possibilidade (de votar em agosto). Acho que essa Casa tem que ter a responsabilidade que tem tido em tantas matérias importantes em votar, sobretudo esta, que diz respeito a um clamor do povo brasileiro”, afirmou.
Na quarta-feira, 10, o plenário não concluiu a votação do texto aprovado pelo Senado. Os partidos da base governista se dividiram entre a versão aprovada anteriormente pela Câmara e a redação votada pelos senadores. O governo defendia a aprovação do texto vindo do Senado e, com a indicação de que perderia a votação, PMDB e PT lançaram mão de manobras regimentais e esvaziaram a sessão. Na quinta-feira, 11/7, o líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), sinalizou que não há acordo para votação do projeto tão cedo. “Será votado em agosto: a gosto de Deus”, ironizou.
Perguntado sobre as declarações do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, de que o eleitor cobrará caro do Congresso Nacional se uma reforma política não for feita com participação popular, Alves disse que respeita a avaliação do ministro e que acha natural sua posição. “Tenho consciência de que essa Casa fez e faz um grande trabalho”, desconversou o deputado. Na visão de Alves, a Câmara está “ainda mais” sintonizada com as demandas da população.
Fonte: O Estado de S.Paulo
No Comment! Be the first one.