O Impostômetro , que mede quanto o brasileiro paga de impostos sobre tudo o que tem, ganha e consome todo ano, superou a marca de R$ 900 bilhões em 2 de agosto, 16 dias mais cedo que em 2011.
Desde 1º de janeiro, e mal tendo iniciado o segundo semestre de 2012, as arrecadações municipal, estadual e federal, somadas, já abocanharam quase R$ 1 trilhão em impostos.
Mas o Estado brasileiro custa mais caro. “O Brasil arrecada mais de R$ 1 trilhão em impostos por ano, o valor aumenta a cada ano e chega cada vez mais cedo”, diz João Eloi Olenike, presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).
R$ 1 trilhão é uma cifra desafiadora ao entendimento do cidadão comum, dada a trilha de 13 algarismos que encerra, e isso sem contar os centavos. “Nossa carga tributária é uma das mais altas do mundo, corresponde a 36% do PIB (Produto Interno Bruto). Nos Estados Unidos, é de mais ou menos 25%”, diz o economista-chefe da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo. “Dos países emergentes, nenhum chega perto do Brasil, somos campeões absolutos”. Olenike assinala que, nas Américas todas, o Brasil é o que tem a maior carga tributária em relação ao PIB. “O pior é que temos uma carga de primeiro mundo, mas o nível de retorno à população é de país que nem em desenvolvimento está ainda”, diz o presidente do IBPT.
Para medir essa relação tributos/retorno, o IBPT pesquisou as 30 economias com maior arrecadação tributária, relacionando os impostos ao PIB e ao IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de cada país. O resultado é expresso no Índice de Retorno de Bem Estar à Sociedade (IRBES). Entre todos os pesquisados em 2011, o Brasil fica na pior posição, em último lugar, com o menor índice de retorno à sociedade. A Austrália ocupa a primeira posição, como o país que oferece o melhor retorno à população em relação aos impostos arrecadados.
Fonte: IBPT
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