O jornal “O Estado de S. Paulo” inaugura seu acervo digital com conteúdo desde a edição de 4 de janeiro de 1875, quando o jornal circulou pela primeira vez ainda com o nome de “A Província de São Paulo”.
O acervo digitalizado dará destaque à censura sofrida pelo Estado em vários períodos, especialmente após a edição do Ato Institucional n.º 5 (AI-5), em dezembro de 1968, quando o presidente Costa e Silva decretou o fechamento do Congresso.
No portal digital será possível pesquisar as páginas censuradas e comparar como foram planejadas e como saíram publicadas.
O verdadeiro “mar de informações” formado por cerca de 50 bilhões de caracteres – suficientes para encher 2 mil DVDs -, oferece pesquisas por data ou por palavras, dicionário de grafia antiga e uma calculadora que permitirá converter valores de produtos citados em textos ou anúncios antigos para saber quanto custariam atualmente em reais.
Parte importante do acervo do veículo conta a história do futebol desde que os ingleses trouxeram o esporte para o País e contém, entre muitas outras informações, todos os 1.281 gols de Pelé.
No campo da economia e da tecnologia, a evolução do telefone pode ser pesquisada desde o dia em que o representante do inventor Graham Bell publicou um anúncio, em 1878, oferecendo “tympanos elétricos” e “telephonos”. Como não podia deixar o telefone de contato, divulgava o endereço onde estava, na Rua São Bento, na casa do pintor Jules Martin, que fez o primeiro projeto do Viaduto do Chá.
O objetivo do Estado ao investir na digitalização do seu acervo integral é o de colocar à disposição da sociedade um patrimônio cultural que poucos jornais no mundo podem oferecer.
Parabéns, Estadão! Parabéns, brasileiros!