É a ciência pura da Filosofia que leva o indivíduo a pensar e, pensando, elaborar perguntas e respostas sobre a vida, o viver a vida, os que vivem ao seu lado e os que vivem distantes de si, com semelhanças e diferenças.
Alicerces básicos da Filosofia são as dicotomias. O bem e o mal. O certo e o errado. O moral e o imoral. O justo e o injusto. Não se deve confundir valorações com valores. A justiça, o direito, a moral, o bem, são valores absolutos, os quais deveriam reger a vida de qualquer ser humano desde que este se entendeu como tal, até que resista à extinção.
Quando, onde e porque é justo ou injusto, certo ou errado, bom ou mal, moral ou imoral fazer ou deixar de fazer algo, são elementos temporais e espaciais, portanto relativos, pertencentes aos momentos históricos.
A nação que conseguir ensinar as bases da Filosofia aos jovens herdeiros do País, ou seja, da máquina estatal e do livre mercado em sintonia e simbiose, estará por milênios à frente das demais, não para se impor tiranicamente, mas para liderar com sabedoria – o que inclui os maiores ganhos financeiros, sociais, científicos e humanos, independentemente da ordem, dividindo-os com as demais nações.
Desde que o ser humano passou a raciocinar, ou seja, observar, apreender, comparar, experimentar, questionar e concluir, sempre disposto a mudar caso provado outra conclusão, os conceitos do bem e do mal não mais se limitaram aos escritos religiosos. Independentemente da crença religiosa, o sujeito passou a compreender o que era e é fazer o bem e fazer o mal, seja para si mesmo, seja para outrem ou ainda para a comunidade.
A velocidade com que a raça humana proliferou e se multiplicou foi tamanha e em condições tão diversas que o entendimento primordial de se fazer o bem pelo bem, acabou se perdendo diante da necessidade de alimento, abrigo e preservação. Na verdade, os mesmo elementos que ainda impedem a raça humana de evoluir como um todo, não ideal, mas unido em diferentes etapas.
Relações humanas. Troca de bens, troca de interesses e troca de influências. As relações são, em essência, uma coleção de trocas. Até mesmo a base da vida, as relações químicas atômicas e moleculares, são, apenas, trocas. Trocas que criaram todo o universo e ainda o regulam.
Na ciência denominada Química, os diversos elementos da tabela periódica possuem características únicas. Porem, toda essa individualidade só faz sentido na interação entre os elementos. Trocam elétrons, alteram o núcleo, mudam a carga energética. Combinam e colaboram em nome da vida, do existir.
A diferença entre as relações humanas e as equações químicas é que os átomos não são egoístas. Mesmo quando mais densos ou complexos, combinam-se para que o objetivo seja melhor conjuntamente.
Os átomos não têm noção do bem ou do mal. Eles realizam suas tarefas, ou fins, segundo a Filosofia. Fazem e cumprem o que foram feitos para fazer e cumprir. Humanos não. Observando a imensidão do cosmo, não passam de átomos ou menos que isso. Ainda assim, discordam por pouco. E a discórdia leva um a extinguir o outro. Seja a cor do elemento, a carga elétrica, o gênero químico, em suma, as diferenças entre humanos até hoje não são construtivas. São marcas da insegurança, da suposta ausência de identidade, quando de fato a identidade é apenas uma, um DNA.
No mundo elementar as diferenças são os tijolos da diversidade e a beleza do universo. Se a raça humana existe hoje, deve tal fato à diversidade, à interação e à combinação de todos os elementos.
Todos. Todos mesmo? Será? E o matuto que não foi à escola? E o analfabeto? E os demais tidos como excluídos das possibilidades de crescimento pessoal? Sim, todos devem ser considerados. Não existe conceito de evolução da espécie enquanto alguém ficar de fora da escala de aprendizado, comunitário e individual. Isso só é utopia para quem não pretende colaborar com o próximo. No mais, é projeto de crescimento conjunto, cada um no seu tempo, mas todos crescendo.
Talvez agora fique mais palatável verificar que a Justiça, o Direito e a Moral sejam valores absolutos que regem a humanidade. Sempre regeram. É possível provar. Pegue duas crianças de 4 anos. Coloque um pedaço de bolo à frente delas. Uma faca sem perigo de corte na mão de uma delas. Peça para dividir o pedaço entre elas duas. Em geral, fora casos de desequilíbrio familiar, as duas desejam pedaços iguais. Logo, as duas buscam o direito de usufruir igualmente de um bem, e, dessa forma, o que é justo a cada uma delas. Nunca leram uma lei, mas sabem o que é certo.
Até as crianças sabem o que é certo. O que é fazer o bem. Claro, antes de ficarem reféns dos traumas ancestrais e da televisão. Mas, sabem até um ponto.
A internet com suas redes sociais, blogs, mini blogs, comunicadores instantâneos, posts, vídeos online, gravações clandestinas e amadoras, denúncias e polêmicas está contribuindo para que os conceitos do bem e do mal não mais residam em cartilhas impostas pelo governo de um país ou de um grupo.
Seja em que canto do mundo for, gente com fome e doença é ruim. Gente que não pode se expressar livremente é ruim. Gente iludida pelo próprio governo é muito ruim. E veja que isso não depende da condição econômica, já que a maior potência econômica do mundo demonstrou que nem seus cidadãos sabiam das falcatruas dos poderosos que prejudicaram a estabilidade do mundo todo.
Ser solidário, ser compreensivo e paciente é bom. Ensinar a ser autossuficiente é bom. Abolir o assistencialismo e adotar ao construtivismo responsável é bom. Repartir o que todos se esforçaram para ganhar é bom.
Na essência, todo ser humano sabe o que é bom ou mau. Sabe o que significam o bem e o mal. Seja para si mesmo seja para o semelhante. Na essência. Variáveis como meio familiar, cultural, socioeconômico e similares afetam tais conceitos um tanto.
De nada adianta expor o problema sem, no mínimo, apresentar uma sugestão viável de solução.
Logo, um conceito interessante de fazer o bem, é atentar que o ato em si repercuta o máximo possível além do sujeito imediato que o recebe. Por exemplo, dar esmola sem saber o que será dela é um desastre. Oferecer um recurso qualquer sabendo que aquilo passará além de quem recebe é um bom indício. Aulas, livros, orientação, paciência. O bem além do alguém.
É de se presumir que fazer o bem sem saber a quem não é propriamente uma boa ação, tratada assim. É preciso fazer o bem inicialmente sabendo a quem, imaginando que tal bem alcançará outros, esses sim, os que não se sabe a quem.
E para que não se possa falar de teorias inaplicáveis, é sugerido que se pare apenas com as críticas ao Estado, Governo e governantes por serem omissos ou distantes para com seus governados. Apenas falar, não leva a nada. Para cobrar o bem, faça o bem.
Se vai doar livros, roupas ou o que for, não mande entregar. Peça para buscar, mesmo que o transporte seja por sua conta. Receba os destinatários ou seus representantes. Ou, ainda, vá junto entregar. Converse. Entenda. Pode sim discordar. Mas escute. E se precisar falar, fale. Sempre com educação. Não imponha condições. Aprenda e ensine. Troque sem preconceitos.
É bastante possível interagir positivamente, e não por medo de invasão ou rebelião.
O eleitor que rendeu voto ao atual governo o fez por deseducação e necessidade. Como será possível mostrar o que está errado, senão pelo reconhecimento do sofrimento genuíno experimentado por ele? Isso é fazer o bem pelo bem comum.
Investindo tempo e recursos nos que estão à volta, propagam-se a educação e o conhecimento, elementos de uma nação forte e consciente.
Não se trata de parar de protestar a respeito do assalto tributário exercido pelo Fisco Brasileiro em todas as esferas, mas, sim, de fazer o que os governantes não fazem com tais recursos: educar nossa gente. Educar para que se lembrem desde a infância, como reconhecer o que é o bem e o que é o mal.
Depender de qualquer pessoa ou órgão é bastante mau. O bem maior é ser independente para agir e pensar, sempre. Todos podem ajudar. Não basta ser consciente, é preciso se comprometer em fazer.
Muito bem articulada a semelhança atômica com as relações sociais. A distinção entre o bem e o mal e a consequente faina por justiça de deve à primordial separação metafísica entre corpo e alma – aquele mundano, ela divina. Por acreditar nesta bobagem de Pitágoras, e visando se conhecer completamente, foi que Sócrates resolveu se suicidar. Os átomos sabem que E=Mc² Não há separação, mas apenas deslocamentos.
Alguns adendos ao comentário de João Antônio.
De fato, há na natureza humana um ingrediente peculiar e único que é a pitada de crueldade, o que o diferencia do resto do reino animal e até do comportamento dos átomos, onde falar em crueldade, ou egoismo, não faz sentido.
Se um leão abate a sua presa e devora a sua carne, é crueldade?
Mas a sociedade, para a sua convivência menos traumática, deve se esclarecer e organizar , adotando, conscientemente, um sistema de recompensas e penalizações.
Senhores, ignorancia seria deixar de seguir escritos religiosos. O que a biblia,ou alcorao diz, cada um deve tomar como verdade ou mentira. Cada caso é um caso, se gereneralizarmos a vida perde o sentido.Sou evangelico,e em nenhum momento a biblia nos ensina ou ordena a praticar algo considerado mal. Enfim, foi so um ponto de vista.
não entendi nada,a resposta não foi espesifica
Este é um artigo de opiniao ?
Artigo bem elaborado, apesar de não concordar em alguns pontos.
A nossa espécie é igual a todas outras, estamos juntos como um único proposito, sobreviver.
Cada um acredita na aquilo que com vem, eu acredito no misticismo, coisa que não conhecemos ainda.
O bem e o mal vai além da nossa compreensão, mas a gente sente essas vibrações.
Eu acredito que temos muito a evoluir e muito que aprender, pois a evolução é tempo e o tempo e infinito.